Em artigo publicado no Globo, Pedro Trengrouse explica como o esporte pode gerar emprego e renda no Brasil 




Pedro Trengrouse (Foto: Divulgação)

Através de um artigo publicado no jornal ‘O Globo’, o advogado Pedro Trengrouse, que foi pré-candidato à presidência do Fluminense na eleição de 2016, falou sobre o impacto da pandemia no esporte, em especial, no futebol.

Segundo Trengrouse, as medidas econômicas ainda não alcançaram as organizações esportivas. Porém, o esporte brasileiro pode contribuir com expressiva geração de emprego e renda no país. Ou seja, o governo precisa ajudá-lo a atravessar essa crise de liquidez. Inclusive exigindo que entidades exercendo atividade empresarial estruturem-se como empresa, como clubes de futebol profissional, por exemplo.

Confira o artigo na íntegra:

Esporte e pandemia

“Inspirado no Dia Mundial do Esporte, o Papa ressaltou que “neste período, muitas manifestações foram suspensas, mas vêm à tona os frutos do esporte: a resistência, o espírito de equipe, a fraternidade, o dar o melhor de si”.

O esporte é uma ferramenta para o desenvolvimento humano, econômico e social, que enaltece equilíbrio entre corpo, mente e espírito, estimulando boas práticas e princípios refletidos, neste momento, em doações, vídeos informativos e motivacionais, jogadores reduzindo ganhos e pagando salários de outros funcionários dos times, patrocinadores em campanhas pela saúde através do esporte etc.

O engajamento na saúde é prioridade e preservar a economia do esporte girando é fundamental para isso. A Premier League dará R$ 875 milhões aos clubes menores; a Bundesliga dará mais de R$ 100 milhões e na Espanha há crédito de R$ 3 bilhões para clubes profissionais e R$ 24 milhões para amadores.

A cadeia produtiva do futebol gera 370 mil empregos diretos, indiretos e induzidos no Brasil e, segundo a FGV, melhor estruturado, poderia gerar 2,1 milhões.

As medidas econômicas até agora não alcançam diretamente as organizações esportivas, e o esporte brasileiro pode contribuir com expressiva geração de emprego e renda no país. O governo precisa ajudá-lo a atravessar essa crise de liquidez, inclusive exigindo que entidades exercendo atividade empresarial estruturem-se como empresa, como clubes de futebol profissional, por exemplo.

Empresas vão à falência, bens são leiloados, e paga-se o possível a credores. Por que carregar eternamente um passivo que impede o desenvolvimento pleno da atividade e prejudica o país inteiro?

A USA Rugby pediu recuperação judicial por causa da pandemia. Se não se recuperar, encerra atividades, paga o que puder, e a modalidade recomeça em nova entidade. Por que não pensar na crise como freio de arrumação, apurar o prejuízo e reestruturar o esporte brasileiro?”

Pedro Trengrouse é advogado e coordena o Programa FGV/FIFA/CIES em Gestão de Esporte

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Por Explosão Tricolor

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