Em entrevista, Douglas comenta sobre a sua origem, Flu, Levir, Europa e muito mais. Confira!




Douglas foi um dos destaques do último jogo (Foto: Divulgação)
Douglas foi um dos destaques do último jogo (Foto: Divulgação)

Um dos destaques da vitória tricolor no clássico vovô realizado no último domingo, o volante Douglas concedeu uma entrevista ao portal da ESPN Brasil. Confira abaixo!

Como você começou no futebol? Quais foram os primeiros times que você jogou até chegar ao Flu? Fez testes em alguma equipe antes?

Douglas – Comecei na escolinha Meninos da Paz, na Ilha do Governador. Aí me destaquei e pediram pra eu fazer um teste no Vasco. Fomos eu e meu primo. Meu primo ficou e fui dispensado. Aí o treinador viu que estava errado, dispensou o cara errado. Robson, o nome do professor. Esse cara foi muito importante na minha vida, uma bênção, porque ele me deixou no Vasco e de lá a gente foi para o salão do Botafogo, e depois para o Clube da Light, até chegarmos ao Fluminense. Depois disso, ele seguiu para o Avaí e eu continuei no Flu. Devo muito ao professor Robson, porque para onde ele ia, ele me levava, ele apostou no meu potencial. Sou eternamente grato a ele.

O que gosta de fazer além de jogar futebol?

Douglas – Sou um cara que gosta de estar perto de pessoas queridas e importantes pra mim. Gosto muito de jogar videogame com meus amigos e sair com minha família no final de semana, ir a shopping, restaurantes. Gosto mesmo de curtir ao lado das pessoas que me fazem bem.

Você foi lançado em um Fla-Flu e é apontado como um dos melhores da geração de Xerém. Como ficou sabendo que iria jogar, como foi a partida? Conta alguma curiosidade desse jogo.

Douglas – O time Sub-20 do Fluminense foi disputar um torneio na Alemanha e na Holanda e eu fui eleito o melhor jogador da competição. Depois disso, voltamos para disputar o Campeonato Brasileiro da categoria e eu tava indo bem, o time estava muito bem na competição e eu já treinava também com os profissionais. Pelo profissional, fui para o jogo contra o Paysandu, pela Copa do Brasil, e fiquei no banco. Depois desse jogo, voltei para o Sub-20 para jogar a final contra o Vitória e nos sagramos campeões, e ainda fui eleito o melhor volante da competição. No treinamento seguinte, já com os profissionais, no final do treino, o professor Enderson chegou para mim e falou: ‘Garoto, você vai entrar de titular no clássico amanhã’. Passou tudo na minha cabeça. Das dificuldades que eu e minha família passamos até aquele momento do jogo. Fui bem no jogo, mas infelizmente saímos com a derrota.

Fale sobre seus objetivos pessoais para este ano. E o Fluminense, como é trabalhar com Levir Culpi? Até onde o Flu pode chegar?

Douglas – Esse ano tenho grandes metas para a minha vida. Trabalho sempre para poder ajudar o Fluminense a alcançar as vitórias e os títulos, e acredito que as oportunidades como titular vão surgir com o tempo, pois trabalho forte todos os dias para isso. Acho que o Fluminense pode brigar pelo título nas competições que disputar, pela tradição e o time que temos. Trabalhar com o Levir é muito bom, pois ele é uma pessoa muito sincera e tenho que agradecer a ele pelas oportunidades que ele vem me dando.

PSV e Shakhtar e outros clubes demonstraram interesse em você. Como foi isso? Por que resolveu ficar?

Douglas – Essa parte eu não procuro saber e nem me envolver. Deixo para meu empresário e meus pais. Mas no momento a minha cabeça é totalmente voltada para o Fluminense. Estou aqui há muitos anos e meu pensamento é apenas em fazer história no clube, me tornar um ídolo e conquistar coisas grandes com essa camisa. Devo muito ao clube, pois me ajudou a crescer profissionalmente e como homem também.

Você sonha em jogar na Europa um dia?

Douglas – Jogar na Europa é o sonho de todo jogador. Real Madrid, Barcelona, Chelsea… São grandes clubes que todo jogador pensa em jogar um dia. Mas hoje eu só tenho cabeça para o Fluminense. É aqui que estou e que quero ficar, ganhando muitos títulos para fazer história.

Qual o momento mais complicado que você passou na tua vida ou carreira até aqui?

Douglas – O momento mais difícil foi quando minha família não tinha dinheiro suficiente para que eu fosse aos treinos. Quando dava, meu pai ficava trabalhando e eu e minha mãe, Elenir, pegávamos ônibus para cima e para baixo porque treinava em salão e campo ao mesmo tempo. Chegávamos em casa quase de madrugava, depois de passar por lugares perigosos. Mas todo esse esforço está sendo compensado hoje em dia.

Você é tido como um volante moderno, quem são seu ídolos, em quem você se inspira?

Douglas – Gosto muito do Paulinho, ex-Corinthians. Acho um jogador moderno, que marca muito bem e tem muita qualidade com a bola no pé. O cara mais fera que conheço é meu pai. É ele que sempre está me dando apoio, me aconselhando, me mostrando o caminho certo a seguir. Devo tudo à esse cara.

Como foi sua passagem pela seleção brasileira Sub-20?

Douglas – Foi muito gratificante poder representar o Brasil na Coréia. Tive a oportunidade de ser o capitão do time e, no último jogo, dar as duas assistências para os gols do Brasil. Sei que é tudo questão de tempo, por isso vou continuar trabalhando para que as oportunidades voltem a aparecer e que um dia eu chegue à seleção olímpica, depois na principal.

Por Explosão Tricolor / Fonte: ESPN / Foto: Divulgação