Em entrevista, mãe do Alexsander relembra história de superação após dispensa do Fluminense

Porém, engana-se quem pensa que depois disso tudo foi fácil. Alexsander, que ganhou o apelido de “Levado” no clube, começou no futsal tricolor e logo iniciou a transição para o campo. Treinava de manhã em Xerém, de tarde ia para o salão em Laranjeiras e, por morar longe, só chegava em casa no fim da noite. Mas a adaptação foi difícil, e ao final da categoria sub-13 ele acabou dispensado.

– Foi uma época muito difícil. Chegamos a levar ele no Vasco, fez uma semana de testes lá, mas não ficou. Dali, falei: “Filho, até poderia te levar para outro clube, mas não vamos ter condições de bancar”. Flamengo e Botafogo ficavam muito mais longe. A gente conseguiu para ele no Madureira. Jogou uma temporada lá, mas depois ele me disse: “Mãe, eu quero voltar para o Fluminense”.

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Para alguém que não se via fazendo outra coisa, receber uma dispensa é um duro golpe no estômago. Alexsander é desses. Certa vez, na base, todos os garotos precisavam responder uma pergunta que questionava o que cada um gostaria de ser se não fosse jogador. A resposta do volante foi: “Não tenho plano B, eu vou ser jogador”.

O sonho era ser jogador de campo, mas para voltar ao Fluminense Alexsander aceitou retornar ao futsal. Lá, foi um dos destaques no sub-15 e, novamente monitorado por Xerém, ganhou uma segunda chance no CT da base tricolor em 2018. Quando parecia que enfim as coisas começariam a dar certo para ele, após uma troca de treinador o volante perdeu espaço. E chegou a estar em uma nova “lista de dispensa”, mas ficou a pedido do técnico Eduardo Torres.