Em texto, apresentador do SporTV afirma que Marcelo é a maior contratação do ano no futebol brasileiro: “Supera Luis Suárez”

Antes de entrar em campo, Marcelo é a maior contratação do ano no futebol brasileiro. Supera Luis Suárez, do Grêmio, não apenas em número de conquistas em sua carreira na Europa, mas pelo que representou para aquele que muitos consideram o maior clube do mundo: no Real, bateu recordes de jogos e títulos. Mesmo na reserva, manteve o posto de capitão e saiu do banco para erguer seus últimos troféus, entre eles mais um da Liga dos Campeões da Europa. E, embora o atacante uruguaio tenha caído rapidamente nas graças dos tricolores gaúchos, nem disso o ex-lateral da seleção vai precisar: voltando para casa, já vai encontrar a porta aberta no coração dos tricolores cariocas.

Suárez já começou a transição entre expectativa e realidade. Estreou fazendo gols e, mesmo poupado em alguns jogos, está na briga pela artilharia do Gauchão, que o Grêmio lidera com quase cem por cento de aproveitamento. Falta o teste do Grenal, marcado para o próximo sábado. Dizem as más línguas que com uma mordida no clássico ele ficaria atrás apenas de Renato Gaúcho no panteão de heróis gremistas.

Marcelo ainda precisa estrear, mostrar se está recuperado da lesão que atrapalhou seu desempenho no Olympiakos, lembrar aos tricolores que não é mais o garoto que saiu de Xerém nem o jogador no auge da forma que marcou época no Real Madrid. Até aqui, não se sabe nem se jogará na lateral esquerda, sua posição de origem, que se tornou uma maldição no Fluminense (depois de várias tentativas de encontrar um titular, que passaram até pelo improviso do atacante Caio Paulista, veio a lesão de Jorge, que era a esperança para esta temporada), ou no meio de campo, o destino que torcedores e vocês da imprensa sempre imaginaram que seguiria no fim da carreira.

Numa, precisará de um preparo físico que seus 34 anos talvez já não lhe ofereçam; no outro, o Fluminense já tem em Paulo Henrique Ganso um jogador desobrigado das funções de marcação, e no futebol moderno não costumam caber dois. Aqui, a comparação mais adequada seria não com Suárez, mas com Daniel Alves, cuja passagem pelo São Paulo ficou mais marcada pelo impacto negativo nas finanças do clube do que pelo impacto positivo no time.