Em texto, jornalista fala sobre importância do bi histórico do Fluminense




Felipe Melo e Fernando Diniz (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C)



Através de sua coluna publicada no jornal ‘Extra’, o jornalista Gilmar Ferreira comentou sobre a virada histórica do Fluminense em cima do Flamengo e a conquista do bicampeonato carioca. Confira o texto na íntegra:

“Há muito o que ser dito a respeito da conquista do Fluminense.

Da exibição diante de um oponente tão qualificado como o Flamengo à goleada sobre um rival poderoso.

E numa final em precisava vencer por três gols de diferença para ser campeão.

Mas é relevante demais para o momento que o bicampeonato estadual dos tricolores, erguido após 39 anos, tenha a assinatura de um técnico como Fernando Diniz, de 49.

Porque há muito não se via uma exibição tão completa numa decisão de campeonato.

O Fluminense tinha 90 minutos para virar um confronto em que perdia por 2 a 0 e em pouco mais de uma hora de bola rolando já vencia por 4 a 0, estabelecendo 4 a 2 no acumulado.

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E o time de Diniz fez isso com categoria, autoridade, estética e sincronia entre as linhas de passe.

Um espetáculo bonito de se ver e impressionante, se levado em conta o olhar atônito dos rubro-negros.

Diniz encaixou o experiente Marcelo no time com tanta naturalidade que encantou até os que duvidavam que ele alinhasse a “cria” dispensada pelo Real Madrid ao lado de Ganso.

Muitos ainda discutem se o craque recém-contratado jogou de lateral ou volante.

E há quem não tenha entendido o que diabos fazia do lado direito no chute que originou o primeiro gol.

Obra, é claro, originária da mescla entre a arte de um e a ousadia do outro.

A conquista do Fluminense joga luz sobre a discussão a respeito da super capacidade de técnicos europeus, argentinos, chilenos e sei mais quem em relação aos profissionais brasileiros.

Diniz, o brasileiro, tinha a desvantagem no placar trazida do primeiro confronto e mais os desfalques causados pelas expulsões de uma arbitragem equivocada nos 90 minutos iniciais do duelo.

Pois ele remontou o time com três volantes, dois deles jogando fora da posição de origem. Ele ainda igualou o duelo desnivelado pelo orçamento do adversário dirigido por um treinador português.

E venceu abraçado à sua convicção sobre a prática do futebol e obteve os 4 a 1 pela eficiência demonstrada pelos jogadores que entenderam a essência do que se chama de “time”.

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Para alcançar o objetivo, escolheu os jogadores mais vividos, privilegiou os mais técnicos e deu liberdade para que todos se movimentassem e se divertissem como de costume.

Mesmo sabendo que a formação que iria a campo jamais havia jogado uma partida do Estadual.

Manteve a fluidez do sistema e, mesmo suspenso, regeu o conjunto por rádio-transmissor.

Um maestro que deveria ser mais bem observado pela CBF em seu processo de renovação.

O Flamengo não sofria quatro gols numa final de Estadual desde os 4 a 2 feitos pelo próprio Fluminense na conquista do título de 1973 – há 50 anos.

E isso, por si só, dá a dimensão do feito tricolor orquestrado pelo treinador que esperou um bom tepo para festejar uma conquista.

Valeu a pena…”

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Por Explosão Tricolor

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