
Entrar no Maracanã com a galera da Bravo 52, carregando um fardo de pó de arroz até o nível superior, para depois sentar no corredor junto com uma molecada intensamente apaixonada pelo Fluminense e ensacar os saquinhos de pó de arroz me fez relembrar os primeiros passos que dei na arquibancada com o meu saudoso pai, na metade dos anos 80. Todo tricolor deveria passar por esse tipo de experiência. É muito emocionante, é a pura essência verde, branca e grená, é ter o Fluminense explodindo na alma e no coração!
Sobre a bola rolando, vamos lá…
Nem o Fluminense esperava abrir o marcador logo com três minutos de jogo. Geralmente, quando isso acontece, o time tenta aproveitar o embalo para ampliar, mas não foi o que vimos. Surpreendentemente, recuamos. Em diversos momentos, vimos alguns dos nossos jogadores apelando para o chutão, ou seja, abrindo mão do belo futebol que essa rapaziada vinha apresentando.

Na segunda etapa, voltamos com outra postura. Nos primeiros vinte minutos, o Fluminense teve tudo para ampliar o placar. O Flamengo estava morto. Criamos diversas chances, mas o time foi não soube aproveitar. O bom de respirar futebol desde pequeno é que ao longo do tempo você acaba adquirindo a capacidade de enxergar melhor o jogo. Depois de tantas chances desperdiçadas, estava nítido que havíamos deixado escapar a nossa oportunidade de ouro. E para piorar as coisas…
Pois é, levamos o gol do empate nos minutos finais. Aproveitando, não fugirei da dividida com relação ao Diego Cavalieri. O cara falhou? Sim, só que se não fosse ele, o campeonato já teria sido decidido no primeiro jogo. E outra: até a falha decisiva, ele vinha fazendo uma partida impecável. Até invertida de jogo o cara acertou. Futebol é isso aí, basta um lance para o mundo desmoronar, mas não crucificarei o nosso camisa 12. O embalo que não soubemos aproveitar na primeira etapa, acabou sendo aproveitado pelo Flamengo, que conseguiu arrumar a expulsão do nosso goleiro e fazer o gol da vitória.
Não vou ficar aqui lamentando a perda do título. Perder final é péssimo, mas depois de muito tempo, vou abrir uma exceção para a rapaziada do Abelão. Começaram o ano sem moral alguma com a torcida, chegaram a ser chamados de timeco e ainda estão sem receber os direitos de imagem, sendo que, em alguns casos, o atraso chega a cinco meses, conforme foi publicado pelo jornal Extra. Mesmo com todos estes problemas, eles honraram as cores do Fluminense e isso deve ser muito valorizado pela torcida.

Com relação ao Abel Braga, apesar de muitas substituições equivocadas nos dois jogos finais, temos que bater palmas pro cara. Aceitou pegar um elenco muito jovem e com alguns jogadores odiados pela torcida. Está lapidando alguns diamantes brutos que certamente darão retorno ao Fluminense em todos os sentidos, caso a diretoria tenha lucidez, inteligência, visão e criatividade num mercado cada vez mais exigente. Por falar na diretoria, vamos aguardar o comportamento dos nossos dirigentes quando a próxima janela de transferência internacional abrir. É lógico que sabemos da necessidade de vender um ou dois jogadores, mas ficaremos aqui observando qual será a política de reposição para depois bater palmas ou criticar. Uma coisa é certa: o elenco precisa ser reforçado para a sequência.
Para encerrar, só podia mesmo falar da verdadeira campeã: a TORCIDA DO FLUMINENSE. É a mais bonita, é a mais vibrante, é a mais apaixonada, é a mais aguerrida, é a mais foda! Havia outro lado no Maracanã? Não escutei. São muito fracos! Essa é a real. Outra realidade é a de que título deles sempre leva um “asterisco” referente ao apito, sendo que, desta vez, com direito a comemoração com punho cerrado e tudo. É como o Capitão Nascimento fala: “O sistema é f#$%, parceiro!”
O Campeonato Carioca já é página virada. Na próxima quarta, estarei com a minha equipe em Montevidéu, no Uruguai, para acompanhar o Fluminense no jogo de volta contra o Liverpool, válido pela Copa Sul-Americana, num dos poucos templos sagrados do futebol mundial ainda existentes neste planeta, o lendário Estádio Centenário, que ainda não foi assassinado pelo futebol moderno.
Obrigado, Abel Braga! Obrigado, elenco! Obrigado, torcida tricolor! Vocês devolveram o meu orgulho de ser tricolor e a minha dignidade de poder torcer. A luta continua!
Saudações Tricolores!
Vinicius Toledo
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