Enderson completa 100 dias no Fluminense com jovens valorizados e decisões pela frente




Coletiva do Enderson Moreira (Foto: Bruno Haddad/Fluminense)
Cem dias do Enderson Moreira no comando do Fluminense (Foto: Bruno Haddad/Fluminense)

Quando chegou ao Fluminense, na segunda quinzena de maio, Enderson Moreira construiu um caminho que tratou de mudar a perspectiva do Fluminense em 2015. O técnico tinha pela frente a desconfiança da goleada por 4 a 1 do Atlético-MG, motivo da queda do seu antecessor, da queda precoce no Carioca e da saída da Unimed. Pois Enderson, ao avaliar o grupo, pediu a permanência de Gustavo Scarpa e Marcos Junior, atletas com ida ao Náutico praticamente definida. Ao valorizar a base, deu juventude e velocidade a um elenco que seria reforçado por figuras como Cícero e Ronaldinho. O medo de uma campanha ruim no Brasileirão e de um risco de rebaixamento, ficou para trás. Há esperança de brigar pelo título, há chance de classificação à Libertadores. Sem falar na vaga assegurada às quartas de final na Copa do Brasil. Um belo avanço nos 100 dias iniciais de gestão, com decisão pela frente.

Enderson Moreira completa a marca neste sábado, dia 29 de agosto. Tem 20 jogos no comando, 60% de aproveitamento. Mas o desafio ainda está por vir. O Atlético-MG, domingo, o Corinthians, quando completará um turno à frente do time, quarta-feira, e o Flamengo, no próximo domingo. Até o momento, foram 20 jogos, 11 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 25 gols pró, 18 gols contra e 60% de aproveitamento.

– São jogos decisivos, importantes. Jogos que podem definir, sim, a nossa ambição. Importante falar, pois quando assumi a perspectiva era negativa. Criamos novo caminho. Nova possibilidade. Mas a gente corre atrás de algumas equipes, no quesito tempo. Tem times montados há mais tempo. Estamos tentando melhorar. As lesões nos atrapalharam. Estamos buscando a melhor formação para encontrar esse novo caminho, essa reconstrução de elenco. É muito difícil para o treinador. Às vezes, os resultados não aparecem, mas futebol não é simples. Não é feito apenas com contratação. É entrosamento, é treinamento. Às vezes, damos passos à frente a, logo depois, à trás. A equipe está sendo reconstruída – avalia o técnico do Fluminense.

Para o jogo contra o Paysandu, pela Copa do Brasil, por exemplo, o Fluminense teve 10 desfalques. Diego Cavalieri e Ronaldinho Gaúcho, porém, retornam no domingo. Edson e Osvaldo ainda são dúvidas. Fred e Wellington Silva precisam de mais tempo para curar lesões musculares. Sorte e, claro, competência que as apostas, como Scarpa e Marcos Junior, deram certo. Amenizaram as baixas.

– Gustavo Scarpa e Marcos Junior, quando cheguei, estavam em lista de serem possivelmente emprestados. Além do Higor Leite. O Náutico os queria. Segurei pois sabia que tinham qualidades e possibilidades no time. Mostraram ao receber oportunidades. Funciona dessa forma – acrescenta o comandante.

Em quarto lugar, com 33 pontos, o Fluminense está dez atrás do Timão, o líder. O Galo, segundo colocado, tem 39. Enderson concorda que é uma oportunidade de se aproximar:

– Minha forma de trabalhar é pensando no próximo jogo. Se tivesse ganho do Joinville e se viermos a perder do Atlético-MG, iria lamentar da mesma forma. O próximo jogo sempre é o mais importante. Por ser confronto direto, o do Galo, sim, é mais importante. Tem de ter concentração e foco sempre.

O Fluminense volta a treinar na manhã deste sábado. O trabalho começa às 10h30 nas Laranjeiras. O jogo contra o Galo acontece neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, e é válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globoesporte / Foto: Nelson Perez / Fluminense