Ensaio do Fluminense para 2016




Fred, em comemoração do gol tricolor
O Fluminense precisa melhorar para fazer bonito em 2016 (Foto: Fluminense FC)

Ainda bem que já acabou a temporada. Sofremos muito esse ano. Principalmente porque vimos a abóbora virar carruagem e depois voltar a ser abóbora. Na cronologia dos treinadores, sobre Cristóvão e Drubsky nem preciso dizer nada. Enderson não combinava com o grupo do Fluminense. Ele tem dificuldades de relacionamento com jogadores de base (vide o que fez no Santos). Única escolha acertada na minha visão é o Eduardo Batista.

Mas o Fluminense padeceu sobretudo pelas péssimas escolhas do nosso departamento de futebol. O ano começou em abril, após o Euricão 2015. Fluminense e Vasco optaram por movimentações parecidas no mercado do meio do ano: jogadores experientes. No Vasco acabou com o vigor físico do time. No Fluminense, desmoralizou a garotada.

Se imagine no lugar deles. O elenco recheado de jogadores da base sendo elogiado por comentaristas e jogando muito. De repente, Ronaldinho Gaúcho. Isso acaba com a confiança de qualquer um, principalmente devido a falta de comprometimento do Gaúcho com o futebol profissional. Em Xerém se ensina tudo o que Ronaldinho Gaúcho não é. E de repente ele chega para botar um “nativo” no banco. Deu ruim.

Enderson Moreira não se impôs, tentou Ronaldinho em todas as posições (até de centroavante). Nem Ronaldinho se daria tantas oportunidades. Minou o grupo de jovens. Ajudado pela diretoria que trouxe Wellington Paulista, Pierre, Osvaldo e Magno Alves. Todos experientes. Passa a mensagem de que os jovens não são o suficiente para encarar o campeonato. Essa era a visão do Enderson. A diretoria embarcou e o barco tricolor naufragou.

Me espanta a diretoria não ter conhecimento sobre gestão de pessoas. Além de tudo isso me veio o retrato da temporada: Wellington Paulista me faz um gol e… abraça o Mario Bittencourt. Meu Deus! Só faltou o Eduardo Uram num abraço triplo. Fiquei com vergonha nesse dia.

Depois de todo esse sofrimento me veio as semifinais da Copa do Brasil. Depois dos duelos do Fluminense contra o Grêmio, onde passamos como um gato espremido por baixo do portão. Jogamos melhor que o Palmeiras nos dois confrontos e fomos eliminados por duas arbitragens covardemente criminosas. Eduardo Batista fez o que pôde nesse fim de temporada. Inclusive fazendo testes para a próxima temporada.

Me chamou a atenção o baixíssimo número de empates do Fluminense no campeonato. Cinco empates em 38 rodadas. Não empatar muito em um campeonato de pontos corridos é sempre bom. É melhor uma vitória e duas derrotas do que três empates. Pena que a fragilidade do time (leia-se da defesa – o Joinville tomou menos gols que o Fluminense) impossibilitou um maior número de vitórias.

Agora é esperar 2016. Que os erros sirvam de aprendizado. A torcida do Fluminense quer ter motivos próprios para sorrir. Nossa alegria do ano é um rebaixamento do rival. Muito pouco.

Tabelinha:

1 – Com todo o respeito ao Artur, mas zagueiro que comete uma falha dessas em uma das poucas oportunidades só pode ser dispensado.

2 – Acompanhei a transmissão na plim-plim do jogo vascaíno. Me enojou o comentarista de arbitragem dizer que foi pênalti no Nenê. O time do Vasco é muito fraco. Cravei aqui na última coluna que o Vasco não ia ganhar o jogo. Merecidamente rebaixado.

3 – Agora tem o saldão dos rebaixados. Jogadores baratos que não pensarão duas vezes em largar os clubes que estão para jogar a Série A do ano que vem. Nenê é o melhor de todos. Mas ainda tem: Bruno Henrique, Eric, Fred e Rafael Foster do Goiás. Léo Gamalho, Renan Oliveira e Rômulo, no Avaí. No Joinville tem Edigar Junio, Mário Sérgio e Diego. E no Vasco, além do Nenê, tem Madson, Bruno Gallo, Rafael Silva e Luan.

4 – O que houve com o Edson? De titular absoluto a moeda de troca. Talvez depois que ele saia saberemos o que aconteceu. Menos mal que a troca é pelo Rithely, um dos destaques do Sport. Aproveita e traz o Diego Souza.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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