Entrevista coletiva do Mano Menezes após a vitória do Fluminense sobre o Atlético-MG




Mano Menezes (FOTO DE MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC)

Entrevista coletiva do Mano Menezes após a vitória do Fluminense sobre o Atlético-MG

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Mano Menezes após a vitória do Fluminense sobre o Atlético-MG por 2 a 0, pela vigésima quarta rodada do Campeonato Brasileiro da Série A:

Escolha de escalar três zagueiros

– Primeiro, falar da nossa felicidade de construir mais uma vitória, fora de casa, contra um grande adversário. Equipe se comportou muito bem. A escolha foi colocar Thiago (Santos) como um latera marcador, soltar um pouquinho mais o Guga dentro de uma lógica e segurar mais o Thiago, para que tivéssemos a possibilidade de encaixar contra o Atlético, que também faz linha de 3 para construir. A partir dessa situação de conseguir igualar isso, criar oportunidades como conseguimos – disse Mano, acrescentando:

– Não só fizemos os dois gols, mas já tínhamos tido oportunidades antes, tivemos depois. Muito feliz com tudo. É muito difícil repetirmos uma intensidade de jogo, de comportamento, tão perto de terça-feira (classificação contra o Grêmio) quanto conseguimos fazer. A equipe se comportou bem, entendeu a maneira de jogar. Acho que é daí pra frente.

Cartão amarelo recebido

– Não foi por reclamação. Eu estava falando com o Kauã, mas entrei uma parte no campo. A determinação agora é não deixar passar. Tomei o cartão, Flávio (Rodrigues de Souza, árbitro) me explicou no fim. Entendo o critério. Não concordo tanto, porque acho que tem coisas muito mais importantes para você não deixar acontecer num jogo de futebol do que um treinador passar uma orientação para um jogador seu. Mas se vai ser para todo mundo, eu aceito.

Intensidade contra Grêmio e Atlético-MG:

– O surpreendente é você a repetir (intensidade). Geralmente, quando você consegue fazer o que fizemos na terça passada e atinge o objetivo, você relaxa um pouco. Trabalhamos dois dias batendo na tecla para não relaxar. E não podemos relaxar ainda, temos que continuar na semana que vem porque temos o São Paulo, um grande adversário, na nossa casa. O que eu penso que ajudou muito foi o resultado de terça (vitória por 4 a 2 nos pênaltis, 2 a 1 no tempo normal). Você vai se afirmando, ganhando confiança, acreditando mais nas ideias e as defende com mais vigor, comprometimento. Estamos nesse estágio.

– Temos que cuidar muito, porque o futebol brasileiro – e falei isso quando tivemos dois resultados ruins – é meio de semana. Tem a semana do Atlético-MG, a semana do Fluminense, a semana do outro, do outro, do outro. E em um campeonato de pontos corridos, você tem que entender bem esses momentos. Você não vai fazer semanas boas o tempo inteiro, e aí a equipe tem que ter maturidade para saber conviver com isso. Tivemos, quando não passamos pelo Juventude e perdemos pro Vasco. Tivemos certeza que as coisas estavam bem encaminhadas, e era só manter e acreditar no que estávamos fazendo que os resultados voltariam a acontecer.

Atmosfera do jogo de hoje é muito diferente do que espera na Libertadores?

– Vai ser um jogo diferente, em outro lugar, provavelmente (Arena MRV). Outros ingredientes, jogadores dos dois lados. Atlético-MG tem alguns jogadores que não utilizou hoje que vai usar contra a gente. Nós provavelmente teremos outros jogadores. O mais importante é respeitar o Atlético-MG como sempre respeitei, enxergo como um grande adversário. Toda vez que me preparo, enquanto treinador, para enfrentá-lo, defendo isso para os meus jogadores. Acho que esse é sempre o primeiro passo para estar preparado um adversário como é o Atlético-MG. A partir desse respeito, ter a ambição de enfrentá-los e tentar vencer, da mesma maneira que acredito que do lado de lá há esse pensamento.

Posição de centroavante tem te incomodado? Kauã Elias aparenta cansaço, John Kennedy não vem bem e Cano está fora…

– O gol só é mais importante para o centroavante. Para nós, o gol da equipe tem o mesmo valor. Individualmente, o centroavante vive de gols, então para ele é muito importante. Para nós, se vai ser o Serna a fazer o primeiro, o Arias, que já fez muitos. Para nós não tem diferença nenhuma. Kauã fez uma atuação muito boa, contra três zagueiros fortes num primeiro momento. Ganhou a maioria das bolas que disputou, o que já significa um crescimento, porque ele entender esse processo já é um avanço. Fez isso muito bem hoje, já tinha feito no jogo passado. A equipe é um todo, e logo, logo o Kauã vai voltar a fazer gols. Com a equipe jogando bem, vão chegar mais bolas na frente e sobrar pro centroavante fazer. Estou satisfeitíssimo com ele.

– Estamos esperando o Cano com o mesmo respeito e a mesma admiração, sabendo tudo que ele construiu, mas hoje já temos mais um jogador. E logo, logo vamos ver John Kennedy trabalhando em um nível para disputar com os dois jogadores que tenho na função. Não tenho nada para reclamar, só elogiar. O cansaço vai acontecer. Segurei um pouquinho mais porque teria que optar por duas alterações de novo. Fiquei com quatro jogadores para duas mexidas. Se faço com um só, sobram três jogadores. É difícil você fazer três (mudanças de) jogadores em uma mexida só. O treinador fica com limitação.

– Estava preocupado com o Felipe Melo, que depois de muito tempo fez 90 minutos, então poderia aparecer uma situação de emergência. Mas se comportaram bem, a equipe esteve muito bem posicionada atrás. Os zagueiros puderam economizar a força física de correr espaços maiores. A equipe toda foi bem. Quando se vence, vencemos todos.

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Por Explosão Tricolor

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