Confira abaixo, a entrevista que o meia Gerson concedeu ao jornal LANCE!
Qual é a sua principal memória futebolística?
Quando eu comecei a treinar com meu pai, junto com uns amigos aqui do bairro, a gente treinava na rua mesmo. Meu pai colocava uns cones na rua e botava a gente pra treinar. Acho que isso foi o que ficou marcado na minha vida assim. Foi quando eu comecei a começar a dar os primeiros passos pra tentar ser jogador, e acho que isso é o que vai ficar marcado na minha vida pra sempre.
Começou a jogar rua, perto da sua casa? Que rua era essa, como ela era? Você disse que seu pai colocava os cones e tal, com quem você jogava?
Meu pai treinava a gente, eu e uns amigos, na rua de outra casa onde eu morava, aqui perto também. O treino tinha hora marcada, às 17h00 geralmente. Aí, 6h40 todo mundo chegava. Como a gente não tinha nenhum lugar pra treinar, meu pai botava os cones na rua mesmo, e passava o treino pra gente lá mesmo.
Nos treinos que você fazia com seu pai quando você era pequeno, tem alguma coisa que ele te ensinou e que você carrega até hoje com você? Algo que você diria que foi determinante pro seu jeito de jogar e pro seu sucesso hoje no Fluminense? Tem alguma coisa que teu pai te ensinou lá na rua que você carrega até hoje?
Personalidade. Ter a personalidade de jogar, de sempre estar procurando o jogo, nunca se esconder do jogo. Acho que isso aí foi fundamental.
Por ter começado na rua e ter jogado futebol de salão, tem alguma característica sua que você desenvolveu graças a esse tipo de jogo em espaços reduzidos? Como o futsal te ajudou na sua formação como jogador?
No futsal a gente tem que pensar rápido. A gente tem que fazer as coisas no menor tempo possível. Eu acho que isso me ajudou muito. No futsal o espaço é menor, e por isso você tem que jogar mais próximo da bola e dos outros jogadores. Acho que isso é uma das coisas que eu levo até hoje pra dentro de campo: aproximação e pensamento rápido.
Sobre suas características como jogador, suas principais qualidades. É uma coisa que você adquiriu treinando e praticando, ou é uma coisa natural, da sua habilidade; meio que um dom com o qual você nasceu?
Eu nasci com o dom, mas trabalhei pra sempre continuar melhorando. Acho que eu tenho uma boa visão de jogo, um bom passe, finalizo bem e sei ler muito bem o jogo. Sei a hora de acelerar o jogo, e sei a hora também de dosar o jogo pra diminuir até mesmo o ritmo do adversário, quando eles tão muito em cima do nosso time, por exemplo.
Com relação à cidade do Rio de Janeiro, tem alguma característica do seu jogo, do seu estilo de jogo, que você diria que é típico do futebol carioca, ou que o Rio te influenciou na sua maneira de jogar? E você acha que o futebol do Rio é diferente dos outros, por algum outro motivo?
Acho que a ousadia do jogador carioca. Na verdade, todos os jogadores Brasileiros são muito ousados, e aqui no Rio não é diferente. A maioria dos jogadores que vão atrás do sonho de ser profissionais não tem medo de tentar arriscar uma jogada, de ir pra cima do adversário – enfim, de ser ousado, como muitas das pessoas dizem.
E como que você descreveria o Rio em cinco palavras pra você?
É a cidade onde eu vivo, linda, maravilhosa, que todas as pessoas que vêm de fora pra conhecer. Os turistas, por exemplo, sempre gostam de ficar aqui no Rio quando vêm para o Brasil; acho que o Rio é maravilhoso, lindo. Há diversas coisas maravilhosas que tem pra fazer no Rio. O Rio merece os parabéns simplesmente por ser o Rio de Janeiro.
Considerando sua recente ascensão no Fluminense, e o reconhecimento que você vem tendo, quais são seus objetivos pros próximos 2, 3? O que você pretende alcançar e conquistar?
Quero conquistar o Campeonato Brasileiro, que vai ser o primeiro Brasileirão que eu vou jogar. Se não der pra ser campeão, quero, pelo menos, ficar entre os 4, para disputar a libertadores, que é um campeonato que, aqui no Brasil, é um dos mais importantes para os clubes.
Por Explosão Tricolor / Fonte: LANCE! / Foto: Fluminense F.C.
