Especialistas falam sobre o risco de contaminação no duelo entre Fluminense e Volta Redonda




Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC



Volta Redonda teve três jogadores diagnosticados com a Covid-19

O protocolo “Jogo Seguro” da Ferj permitiu a realização da partida entre Fluminense e Volta Redonda mesmo após a divulgação de que três jogadores do time da Cidade do Aço estavam infectados pelo novo coronavírus. Os exames foram realizados horas antes do jogo. No entanto, a decisão não é considerada totalmente segura pelos especialistas.

De acordo com alguns especialistas, não está descartada a possibilidade de outros jogadores do Volta Redonda terem o vírus ainda indetectado e serem possíveis transmissores. Todos eles estiveram em constante contato nos últimos dias em treinamentos e vestiários.

Ainda que o risco possa ser pequeno, não há garantia de 100% em nenhum dos testes disponíveis e nas medidas sanitárias para evitar a disseminação do vírus num jogo de futebol. O teste utilizado pelos clubes, com aval da Ferj que o utiliza para liberar os times da concentração, pode ter até 20% de falsos negativos. Ele é feito com a retirada do material da região da nasofaringe.

Conforme artigo publicado na revista americana Science, o teste rápido de antígeno para Covid-19, utilizado pelos clubes, tem menos sensibilidade do que o PCR na identificação da presença do vírus.

– Nada é 100% garantido no coronavírus.  Há a possibilidade de um falso negativo por causa da baixa carga viral da pessoa no momento do teste, por exemplo – disse a microbiologista e virologista da UFRJ, Juliana Reis, ao jornal “O Globo”.

Infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga, Alberto Chebabo, ressalta que todos os que tiveram contato com os três jogadores precisam ser reavaliados nos próximos dias. O teste, ele destaca, é mais confiável em pessoas sintomáticas.

Os dois clubes envolvidos vão fazer novos exames nos seus times ainda esta semana.

– Uma pessoa assintomática, no caso dos jogadores, que dá negativo no exame, diminui muito a chance de estar transmitindo. Porém, o falso negativo pode acontecer e essa pessoa virar positiva num outro exame. Por isso, há a chance de contaminação durante o jogo, mesmo com pouca quantidade de vírus, por estar correndo, ofegante – afirma o infectologista, acrescentando que não há uma quantificação do vírus no exame para saber ao certo a carga viral presente no organismo.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: O Globo

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