Estreia




Marcos Paulo (FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)



Na última coluna, falei sobre “estrear” neste segundo turno diante do Athletico-PR. E assim aconteceu, coincidentemente. O Fluminense venceu e convenceu diante dos paranaenses: 3 a 1 em noite inspirada de Marcos Paulo no Maracanã. Ainda levamos um susto logo no início da partida, mas isso foi raridade durante todos os 90 minutos de uma partida de bom futebol por parte do Tricolor.

Contamos com três alterações na equipe titular: Egídio, Hudson e Michel Araújo, recuperados da Covid-19. Marcos Paulo iniciou a partida entre os titulares mais uma vez jogando ao lado de Nenê como os jogadores mais adiantados — sem contar com o capitão Hudson, é claro, que tem passe livre. Todos do time titular foram, no mínimo, ok.

A bola mal começou a rolar e logo tivemos a nossa primeira grande chance. Depois do cruzamento do ponta-direita Hudson, Calegari espirrou o taco e a bola sobrou para Marcos Paulo, que obrigou Santos a fazer sua primeira boa defesa. No rebote, a cabeçada de Michel Araújo morreu na trave. Pouco depois, um jogador do Athletico saiu de cara com Marcos Felipe, mas o nosso jovem lateral-direito desviou o chute. Então, veio o susto de verdade aos 10’: bela jogada dos paranaenses pela nossa direita que terminou em gol. Calegari e Martineli marcavam o mesmo jogador enquanto Hudson jogava de lateral-direito. Um misto de bagunça nossa e méritos deles. A partir daí, eu nem sei se o Marcos Felipe continuou em campo.

O jogo foi bastante movimentado desde o início, um diferencial em relação aos últimos jogos. Dois minutos após sofrer o gol, o Fluminense teve um pênalti a seu favor. Na marca da cal, Nenê. Com um aproveitamento de 100% nas suas cobranças pelo Tricolor, o “vovô” esteve off dessa vez. Contudo, não bateu mal na minha opinião; Santos defendeu. A redenção veio aos 25’. Michel Araújo fez boa jogada na entrada da área e bateu. No rebote, Marcos Paulo fez 90% do gol e Nenê completou. Antes do intervalo, ainda deu tempo do uruguaio dominar de canela uma bola açucarada de Marcos Paulo e perder uma grande chance — acho até que o goleiro resvalou nela. Ah! O zagueiro deles foi expulso aos 36’.

No começo da etapa completar, Marcos Paulo e Michel Araújo, dois dos destaques dos primeiros 45 minutos, não conseguiram manter o gás. O segundo, inclusive, saiu ao lado de Wellington Silva para as entradas de Felippe Cardoso e PH Ganso. A real é que entendi a estratégia do Odair Hellmann com o Ganso. Contra um time encolhido, não fazia muito sentido apostar nos resquícios de velocidade do nosso ponta-esquerda. Mas colocar o Cardoso precisando fazer gols é entregar para Deus. Falando em Deus, o centroavante até tentou fazer a sua homenagem para Maradona aos 25’. Entretanto, errou e foi amarelado.

Após uns 10 escanteios — sem exagero, foram 15 no total —, chegamos ao gol da virada aos 28’. Um adversário tentou desviar e acabou servindo Marcos Paulo, que dominou, ajeitou o corpo e bateu. O placar nem permaneceu muito tempo em 2 a 1, porque, dois minutos depois, mais um escanteio parou nos pés da joia de Xerém. E dos seus pés a bola partiu de mansinho para morrer no cantinho da meta do Santos. Não havia milagre a ser feito para evitar esse belo gol. Os tentos pararam por aqui, porém, a postura seguiu a mesma até o apito final. Uma partidaça do Tricolor.

Não falei apenas em estreia na última coluna, mas também que “acreditar em uma boa partida do Fluminense neste Brasileirão, contra quem for, é sempre um ato de fé bastante considerável”. Bom, a fé sem limites de torcedor foi recompensada com uma das nossas melhores atuações no ano. Entramos no G4 novamente e com uma partida digna de time que vai brigar sim por uma vaga na próxima Taça Libertadores. Só temos que manter isso aí, viu, Odair!

Curtinhas:

– Estava com medo do que o Egídio aprontaria, sempre terei. Mas a verdade é que não comprometeu

– Estou sentindo que o Martinelli vai ganhar a vaga no time titular. Esteve muito bem mesmo quando o Hudson abandonava a posição dele.

– Para mim, o Fluminense tem quatro zagueiros titulares.

– O Miguel entrou! Foi mesmo um dia atípico para o torcedor tricolor…

– Comemoramos os 10 anos do tri no G4 e mais vivos que nunca. Bom domingo a todos!

Saudações Tricolores, Galera!

Carlos Vinícius Magalhães