
Existe planejamento no Fluminense? – Parte II (por Lindinor Larangeira)
No dia 17 de janeiro, o presidente tricolor Mário Bittencourt concedeu entrevista coletiva, que teve como tema principal o planejamento da temporada 2025. Dois dias depois, escrevi, aqui no Explosão Tricolor, um artigo com o título: Existe planejamento no Fluminense?
O foco do texto era a minha profunda estranheza pelo fato de nenhum jornalista, após muitas respostas evasivas do mandatário, sempre demonstrando uma enorme habilidade na arte da tergiversação, ter feito a pergunta tão óbvia quanto básica: “Existe planejamento no Fluminense, presidente?”
O pretenso planejamento já começou errado, com a renovação do contrato do medíocre Mano Menezes, demitido na primeira rodada do Brasileirão. Bastaram três meses para se perceber o equívoco. Traduzindo: três meses de planejamento jogado no lixo.
Outro ponto importante do artigo era a constatação dos desequilíbrios do elenco, com excesso em alguns setores do campo e escassez preocupante em outros.
Com a contusão de Cano, que deve ficar entre quatro e seis semanas fora, ficamos sem um centroavante confiável. Ou será que alguém confia em Everaldo?
Depois da venda de Kauã Elias e do empréstimo de JK, com passe fixado menor do que os 60% do Canobbio, o elenco precisava de um centroavante para entrar e jogar. Não de mais uma aposta, que tem se revelado desastrosa.
Pelo andar da carruagem, talvez Xerém salve novamente a pátria tricolor, por meio das chuteiras do garoto Kelwin, de 19 anos. Porém, embora avalie que esse moleque já deveria estar compondo o grupo principal, um planejamento de verdade não jogaria uma responsabilidade desse tamanho nas costas do garoto.
É urgente a contratação de um 9 clássico. “Eve”, uma espécie de Junior Dutra 2.0, está longe disso.
Um primeiro-volante porradeiro, como Pulgar, Gregore ou Richard Rios, é outra contratação urgente, como a de um meia criativo.
Planejamento pressupõe correção de rota. O GPS já foi redirecionado com Renato. Deve ser reorientado com contratações para dar equilíbrio ao elenco.
Espero que daqui a três meses não precise escrever o texto 3 com esse mesmo teor. Afinal, até por tentativa e erro a gente aprende.
PS1: Renato, pelo amor de Deus, 4-3-3 não!
PS2: Canobbio de meia-volante pela esquerda, dando mais presença e força física no meio, além de liberdade para Paulo Henrique Ganso, num 4-4-2.
PS3: Que o Fluminense não reabilite outro time em crise.
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