Fácil. Extremamente fácil




Jhon Arias (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC)

“Fácil. Extremamente fácil” (por Lindinor Larangeira)

Mesmo com uma escalação pra lá de equivocada e jogando uma partida de pouco futebol e quase nenhuma inspiração, o Fluminense encaminhou a sua classificação a próxima fase da Copa do Brasil. O jogo da tarde de hoje no Kléber Andrade, em Cariacica, na Grande Vitória, não foi uma grande vitória: esteve mais para aquele hit da banda mineira J. Quest. Foi fácil. Extremamente fácil, pela fragilidade total do adversário.

Se usarmos o campeonato carioca como parâmetro, só podemos comparar o Sampaio Corrêa ao rebaixado Audax. Um time que, no primeiro tempo só conseguiu cruzar a linha de meio campo três ou quatro vezes, antes de ver o gol de Lima, num chute de fora da área. Tento que a arbitragem creditou para Terans, em quem a bola apenas desviou.

Na segunda etapa, a Bolívia Querida adiantou a marcação e tentou complicar um pouco a vida dos tricolores. Mas no Dia do Trabalhador, o time maranhense não deu muito trabalho aos cariocas.

Mesmo sem qualquer brilho, o Fluminense chegou ao segundo gol, dando números finais ao jogo, em um pênalti claríssimo em Arias, apenas marcado com a intervenção do VAR. O mesmo Arias bateu, com a frieza e categoria de sempre, vencendo o veterano goleiro Felipe, que salvou seu time de um placar mais dilatado.

De bom, além dos três pontos. Da classificação praticamente garantida e da cota, a atuação de Felipe Andrade. OK. Era o Sampaio Corrêa. Mas o moleque manteve uma regularidade enorme. Jogou por ele e pelo vacilante Antônio Carlos.

Juntamente com Arias e Martinelli, foi um dos destaques da partida. Seja de zagueiro ou de primeiro volante, esse moleque não pode mais sair do time.

Sobre a escalação, alguns comentários: Marquinhos de lateral e Renato Augusto de centroavante são tentativas que não deram certo. Insistir recorrentemente, tem um nome. Não quero crer que nosso treinador tenha esse defeito.

Lima não é segundo volante. Quando joga na meia, ou até na beirada do campo, rende mais e está mais perto da área para bater no gol.

E por falar em rendimento, Arias funciona melhor na direita. Em se tratando do nosso melhor jogador na temporada, é bom não desafiar os fatos. Deixemos isso para gente melhor do que nós, como o saudoso Nelson Rodrigues.

Enfim, apesar dos pesares, foi  “uma santa vitória”. E que o Gravatinha nos proteja no sábado, contra o time que vem jogando o melhor futebol do Brasil na temporada.

PS1: Arrecadação recorde e aumento de dívida? Expliquem pra mim e pra torcida.

PS2: Até quando o imbróglio JK e a novela TS3 vão servir de anteparos para esconder a omissão da diretoria, que planejou mal e não faz contratações para corrigir a rota?

PS3: Douglas Costa tem até tentado e pode render mais. Renato Augusto é a grande decepção. Terans foi premiado com um gol que não fez. Gabriel Pires talvez volte no final do contrato, em dezembro de 2025. Lucumi foi convidado por Diniz a fazer um pitch (entendedores entenderão).

PS4: De Antônio Carlos já falei. Porém, como Manoel parece não ter retornado da suspensão, deve ganhar minutos em campo.

PS5: Em tempo: a zaga, até contratem alguém, deve ser Felipe (por 90 minutos) e Felipe (pelo menos, por 45).