Fator Cícero

Olá, amigos! Rodadas vão se passando e o time do Fluminense não se acerta. Vejo muito tricolor dizendo que nosso time está bem treinado, mas com peças ruins. Discordo totalmente. Time bem treinado sabe o que fazer com a bola, principalmente quando está atacando. Nossas únicas jogadas são: tocar para o Scarpa e esperar por um lampejo, dar um balão para a área ou tocar no Richarlison e ele sair correndo.

Mesmo com essa desorganização tática ofensiva, me chama a atenção como Cicero se esconde do jogo. Salvo algum engano, é um dos maiores (acho que é o maior) salários do elenco. Deveria também pela experiência puxar a responsabilidade da armação do setor ofensivo, com maior efetividade e não com aqueles passes irritantes para o lado. Me lembra o Ibson, que era do Flamengo. Acerto de mais de 90% nos passes, mas poucas assistências.

Fui buscar algumas estatísticas do Cicero para ilustrar. Estamos na 10ª rodada e nosso meia tem apenas uma assistência, contra o Atlético-MG, feita com um simples passe lateral para o Scarpa que estava totalmente livre. Mamatinha assim não se encontra toda hora nas zagas advesárias. Foram apenas 8 assistências para finalizações que não resultaram em gols. É muito pouco.

Daí os defensores do Cicero com certeza vão argumentar que ele dá maior consistência defensiva. Só que ele tem apenas 4 desarmes certos no campeonato. Quando joga de volante deixa espaços decisivos na nossa retaguarda. Assista novamente ao 1° gol do Sport, do Gabriel Xavier, e reparem no posicionamento do “volante” Cicero. Não aguento mais a cara dele de “não foi culpa minha”.

Então surge a pergunta: o que fazer com Cicero?

Encaminhá-lo para o banco de reservas. Quando o jogador não rende essa é a melhor opção. O time do Fluminense não pode carregar um fardo como esse. O futebol de hoje em dia é muito dinâmico para um jogador que não participa. Ainda digo mais: Acompanhando uma sugestão que vi do Vinicius Toledo, adiantaria o Cicero para jogar de centroavante. Hoje, seria um bom reserva do Magno Alves.

O que mais me incomoda nisso tudo é que Cicero não sai do time nunca. Independente de qualquer situação de jogo, parece que há uma determinação para que não se tire o meia. E grande parte da torcida aceita isso. Nem Toni Kroos teria imunidade tão grande no Fluminense.

Enquanto não barram o Cicero, coincidentemente o Fluminense acumula péssimas atuações até quando ganha. E hoje tem jogo com transmissão em TV aberta, contra o veloz time do Santos. Não precisa ser profeta para dizer que teremos grandes dificuldades nessa partida. Só queria que Levir tivesse maior entendimento da situação do time, mas hoje vamos com o Pierre no lugar do Edson. Aí dói demais. Levir e futebol bonito no Fluminense são imcompatíveis no momento.

Tabelinha:

1- Gustavo Scarpa depois da viagem à Itália para tirar passaporte europeu (história estranha) não está jogando mais nada. Se tiver com a cabeça lá fora, vendam. Sem pena.

2- Sport queria Osvaldo e não venderam. Por quê?

3- O que tem de tricolor reclamando do elenco e ironizando a construção do CT não está no gibi.

4- E quando divulgam os nomes ventilados? Tem tricolor achando que somos um gigante europeu que pode contratar quem quiser.

5- Ideia sensacional de se ter um Fluminense “eslovaco”. Tem gente que não pegou o “espírito da coisa”, mas não vou explicar. Seria sensacional ver o Fluminense na Champions League.

6- Estavam entre Cuca e Levir para substituir o Eduardo Baptista. Hoje estamos na 11ª posição e o time de Cuca é líder do campeonato. Técnico faz mais diferença que jogador no futebol brasileiro. E ainda não entendemos isso.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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