Buenas, tricolada! Claro que era obrigação passar pelo Bota paraibano pela Copa do Brasil 2020! Pelo amor de Deus! Time certinho, com algum investimento, que levou veteranos pro elenco, mas, peralá… Tratava-se de um time de baixo investimento de João Pessoa!
Pior foi me ver, antes da peleja, nervoso com a possibilidade de sair da segunda maior competição tupiniquim prematuramente! Trauma da porra! La Calera não me sai da mente! Mas passamos! Mais grana, mais chances de títulos – mesmo que improváveis, mais alegrias, mais esperanças. Somos o Fluminense, caceta!
Um Flu “amassante” no começo da primeira etapa e sem objetivos. Bolinha pra lá, bolinha pra cá, marcação alta, e apenas dois ataques promissores: o primeiro, num cruzamento do Egídio que encontrou a cabeça de Evanílson – rente à trave do goleirão inimigo. E o segundo, em nova pelota alçada pelo nosso lateral-esquerdo, que encontrou o Gilberto… ela caprichosamente beijou o poste! Pouco, muito pouco para uma equipe que buscava a redenção! E que precisava de ao menos um golzinho!
Aí o futebol nos estapeia os córneos! Talvez eu jamais tenha xingado tanto o Gilberto como neste primeiro período! Logo eu, que tenho uma dívida de gratidão com o cara, que sempre procuro desculpas para as suas más atuações, estava defenestrando o malandro como se fosse o torcedor mais irresoluto – e bipolar! Pois é, chegou o segundo tempo! E o lateralzinho desandou a jogar pra c@#$&*@lho! O melhor do time, não tenho medo de afirmar.
Beleza, era o Botafogo da Paraíba, mas qual equipe brasileira foi testada de fato neste início de temporada? NINGUÉM afiou cascos até agora! Não houve competição à vera! Flamengo, com duas Copinhas Globais? Façam-me o favor! Vamos computar, então, os Torneios da Disney, as competições de Primeira Liga… Sou de outra época!
Ficou evidente que um meio mais dinâmico faz o time rodar melhor a redonda. Hudson, Yago e Egídio – este, o estranho no ninho -, nos primeiros minutos, tomavam conta do duelo. Oras, dois homens de meio, volantes, faziam taticamente aquilo que sempre exigimos. São virtuosos? Jogaram a rodo? Não, caramba! Mas velocidade e toques rápidos são prementes nesse futebol físico e visceral que predomina hoje em dia.
Mas os dois elogiados da meiúca se perderam na mesmice logo depois! Aliado a isto, o Nenê esteve muito marcado – e não realizou bom jogo. O Evanílson se viu isolado. Centroavante que corre feito barata tonta transforma-se em alvo da galera. O Wellington foi improdutivo, o Marcos Paulo, o mais lúcido até determinado momento do embate, quando foi trocado de lado de campo erradamente, não conseguiu mais ver a cor da bola.
Odair Hellmann tentou colocar mais intensidade pelas laterais, realizando tal mudança: passou o inepto Wellington da direita para a esquerda, e o cara manteve-se escondido. Ratificando, assistir ao Marcos Paulo se ausentar do confronto mascarou mais evidentemente a situação, já que, de melhor opção pelo centro-esquerda, a joia de Xerém passou a ser somente mais um, pelo lado oposto!
Chato demais! Deu raiva! Ele equivocou-se em tudo e mais um bocado.
A impressão que eu particularmente tenho é a de que os times do Odair serão sempre reativos. Se combatermos uma equipe mais qualificada e atuarmos nos contra-ataques, faremos partidas bem honestas e teremos bons vislumbres. Contudo, se dependermos de ação, de iniciativa e de imposição, decerto comeremos os restos! Oras, o Fluminense não é laboratório, não aguardamos consequências inesperadas de pipetas experimentais! Somos enormes, somos a história, por mais que alguns ainda duvidem!
Na segunda metade da disputa, o FFC voltou com Pacheco na vaga do Wellington. Já não era sem tempo! O gringo houve-se bem? Não! Mas a nossa Tartaruga Ninja chegou a pisar na bola, num contragolpe promissor, lá pela metade dos primeiros 45 minutos. Tem dia que é noite!
Disse a companheiros próximos: além da saída do Wellington, que tinha atuação sofrível, eu também sacaria o Nenê e poria o Miguelzinho. O camisa 77 não foi mal, mas esteve muito marcado e não rendeu como de costume. OK! Ele consignou o segundo tento, de pênalti, mas definitivamente não era a sua noite! Normal! Ninguém voa sempre e, como agravante, os seus 38 anos acabam pesando sobre os seus ombros! Entretanto, o veterano está com mais crédito do que País de Primeiro Mundo no F.M.I.!
Ah, somente como alerta e lembrança, o nosso primeiro tento foi conferido pelo Marcos Paulo, que mais uma vez teve atuação digna e produtiva! É isso, dois a zero pra gente referendou o placar definitivo do duelo!
O fato é que fizemos o feijão com arroz e avançamos à terceira fase da Copa do Brasil. Enfrentaremos o Figueirense e, com todo o respeito e reverência, igualmente temos que atropelar! Os caras fecharam as portas, em estado falimentar, em 2019! Abandonaram a competição – Segundona! Não tiveram tempo de reconstrução – nem todos são Chape! Esqueçam as desculpinhas esfarrapadas e passem por cima! O Figueira já não é o mesmo há séculos! E, mesmo que fosse, seria inconcebível pregar-lhes temor, mesmo sabendo que o respeito é condição sine qua non. Perder faz parte da brincadeira, mas assustar-se diante de uma equipe beeeem mediana não introduz sequer a primeira página do nosso livro infinito, colorido por três cores que traduzem tradição!
Permaneço incólume nas minhas proposições: faltam Ferraz e Miguel nesse time titular do Odair. Pra mim, saem Digão e Wellington! As entradas de Hudson e Yago como homens de contenção, cobertura e transição me agradaram bastante, e eu já cobrava essa iniciativa. Tomara que o nosso treinador antene-se da mesma forma com tais necessidades na hora de escalar o onze inicial, daqui para adiante.
Voltemos o nosso foco para o Carioquinha, a partir do próximo finde. Sem Sula, com o Brasileirão prestes a começar e o Campeonato Estadual a pleno vapor, resta-nos torcer para o Tricolor Guerreiro beliscar o título caseiro. Não, não nos importamos com o torneio do Rubinho, e mesmo assim continuamos a derrubar técnicos, amaldiçoar os dirigentes da FERJ e do próprio clube, e a decretar o final de carreira de vários atletas e comandantes. Imaginem se ele tivesse maior valia!!!!
Em suma, chegou o momento de respiros e suspiros, alívios e temores, felicidade e inconformismo, mas, acima de tudo, chegou também o período do qual poderemos usufruir de uns poucos – e fundamentais – louros. Nada de descanso, pois a fila anda e a vida permanece inalterada diante das boas e das más consequências advindas daquilo que, por vezes, sequer somos simpáticos.
O futebol tem tudo a ver com o nosso dia a dia, afinal, ele é parte íntegra da nossa existência, O Fluminense Football Club, então, representa o fiel da nossa balança… Sem ele, os dias seriam menos dourados e mais nebulosos.