Fernando Diniz “Faz Diferença”




Foto: Conmebol

Fernando Diniz Faz Diferença (por Lindinor Larangeira)

“São poucos os treinadores capazes de suscitar sentimentos e opiniões tão intensas quanto antagônicas ao mesmo tempo como Fernando Diniz. Porém, desde os mais críticos aos ressabiados, ninguém passou incólume ao trabalho do comandante do Fluminense na temporada de 2023.”

Assim começa o texto da reportagem de Rodrigo Castro, no jornal O Globo, deste sábado, sobre mais uma conquista do treinador do Fluminense. Desta vez fora das quatro linhas: o Prêmio Faz Diferença, na categoria Esportes.

Mais do que merecido para alguém que fez a diferença no ano passado, levando o Fluminense a uma conquista inédita.

Feitas as congratulações, nossa torcida, em sua grande maioria, mantém a confiança e espera que Fernando Diniz recoloque o tricolor nos trilhos. Com aquele futebol que de tão diferente, encantou torcedores de todos os cantos do Brasil e da América.

Em 2024, o padrão do time está diferente. Diferente para pior. O modelo de jogo, o chamado dinizismo, já é muito conhecido. Isso não explica a fraca temporada, em que o time tem na inconsistência a sua principal característica.

Mais recentemente, a equipe conseguiu jogar dois primeiros tempos muito bons: contra o Vasco e o Atlético Mineiro. Já na segunda etapa dessas partidas, o time teve uma queda acentuada de rendimento.

É verdade que é uma temporada de muitas contusões, que afastaram jogadores fundamentais, como André e Samuel Xavier. Importantes taticamente, como Keno.  E outros que poderiam ser utilizados na rotação do time, como Marlon e o criticado Lelê.

Ainda sobre contusões, talvez a contratação mais equivocada, embora se trate de um bom jogador, tenha sido a de Gabriel Pires, atleta com histórico de lesões. Também os veteranos Douglas Costa e Renato Augusto, no momento estão no DM.

Reforço mesmo, das oito contratações do ano, somente Marquinhos. Não por acaso um atacante jovem, que só não é mais novo do que Lucumi. Mas do colombiano não dá para falar, porque o moleque não ganha minutagem. E quando teve mais tempo em campo, foi jogando na lateral…

Antônio Carlos e Felipe Alves, me parecem outros erros de montagem do elenco. E se o zagueiro veio como reposição de Nino, o erro foi gravíssimo.

Terans? ZZZZZ…

Outro dado que tem me chamado a atenção é o preparo físico da equipe. O time parece cansar no decorrer do segundo tempo. Além disso, tem sido dominado por equipes que fizeram jogo de imposição física. Como na vergonhosa derrota para o mediano Corinthians, e na santa vitória diante de um fraquíssimo, mas muito aguerrido, Colo-Colo.

A zaga tem sido uma dor de cabeça. Mas se o meio-campo não consegue fazer o jogo fluir e o ataque não tem a eficiência da temporada passada, a esperança é que a volta do Monstro pródigo, Thiago Silva, o retorno de André, a recuperação do faro de gol de Cano e a reintegração do moleque JK, façam melhorar a produção do time.

Espero que o final da matéria do colega Rodrigo Castro seja uma profecia:

“Um prêmio cujo nome faz jus ao que entregou no último ano. Pode comemorar, professor.— Vitória.”

E que assim seja, também em 2024.

PS1: Fábio, Guga, Felipe Andrade, Manoel e Diogo Barbosa. Alexsander, Martinelli e Lima. Marquinhos, JK e Keno. Esta seria minha escalação para encarar o São Paulo, segunda, no Morumbis.

PS2: O Flamengo tem escalado mais moleques de Xerém do que nós. Sábado, entraram em campo Ayrton Lucas, Gerson e Pedro.

PS3: Contando com esses citados, os rivais cariocas têm quase um time inteiro feito em Xerém. Se somarmos esses jogadores em seus elencos, chegaremos a sete (ou seriam oito?)

PS4: Acredite se quiser: Gabriel Pires treinou neste sábado…

PS5: O Prêmio Faz Diferença é uma iniciativa do jornal O Globo, em parceria com a FIRJAN.

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