Flagrado em doping, Manoel pode pegar gancho de até quatro anos; veja as possibilidades






Zagueiro do Fluminense será julgado pelo suposto uso da substância ostarina

O zagueiro Manoel, do Fluminense, que teve exame antidoping com resultado analítico adverso para ostarina e que está afastado dos gramados preventivamente, pode pegar até 4 anos de suspensão. Essa é a pena prevista para o uso desta substância, segundo Código Mundial Antidopagem da Wada, a Agência Mundial Antidopagem. Mas também pode ter a pena reduzida a meses se conseguir comprovar como a substância entrou em seu corpo e que isso ocorreu sem culpa significativa. Se não provar a origem, porém, dificilmente sairá de um julgamento sem punição.

Isso porque trata-se de um caso grave. A ostarina é um modulador hormonal que atua, principalmente, no aumento de massa muscular. A substância pertence à categoria “S1.2 Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMs da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA” – sigla da Agência Mundial Antidoping. Como se trata de uma substância não especificada, presume-se a intenção em seu uso (o atleta nada pode fazer para evitar a ingestão?). Desde 2008, ela é considerada doping em uso fora e dentro das competições.

A sigla SARM significa Selective Androgen Receptor Modulator, um modulador seletivo de receptores androgênicos. Funciona de forma semelhante aos esteroides anabolizantes, mas com menos efeitos colaterais.

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Ostarina também é a substância usada pela jogadora de vôlei Tandara, que defendia a Seleção Brasileira durante os Jogos Olímpicos de Tóquio e que teve de deixar o Japão após a divulgação do resultado analítico adverso pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). A atleta tinha se submetido a exame surpresa na véspera da competição que aconteceu em 2021. Ela responsabilizou uma farmácia de manipulação por contaminação cruzada. Como não conseguiu comprovar (o seu caso tinha uma concentração alta), pegou quatro anos de suspensão. Apesar de não dizer oficialmente, ela encerrou carreira no vôlei (não pode pisar numa quadra até 2025).

Mas também é a mesma substância do caso positivo da tenista Bia Haddad. Ela, no entanto, conseguiu comprovar contaminação cruzada de suplemento e foi suspensa por 10 meses. A suspensão ocorreu porque um atleta é responsável pelo que ingere, independentemente da intenção de se dopar ou não. Ao tomar suplementação manipulada, o esportista assume um risco. Depois que voltou às competições, em 2020, ela deu a volta por cima e hoje vive seu melhor momento esportivo: entrou no top 10, algo inédito para o país.

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Por Explosão Tricolor

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