Fluminense agenda pagamentos para finalizar o CT e ressarce Pedro Antônio




Pedro Antonio; CT;

Doze cheques, com valores médios de R$ 1,5 milhões, compõe o passo final dado pela direção para garantir a conclusão do Centro de Treinamento do Fluminense. Ao ressarcir o investimento inicial feito por Pedro Antônio Ribeiro da Silva, vice de projetos especiais, e parcelar o restante do custo total de R$ 18 milhões, a gestão do presidente Peter Siemsen espera cumprir a promessa de ver Fred e companhia treinando na Barra da Tijuca ainda no segundo semestre de 2016.

A iniciativa, capaz de deixar o mandatário feliz, representará aperto financeiro. Mas revela uma engenharia que ajudou a comprometer os cerca R$ 40 milhões da venda de Gerson ao Roma. Em dificuldade financeira, o clube italiano buscou ajuda de um parceiro para antecipar boa parte do pagamento ao Tricolor. O Flu, então, usou o valor para quitar à vista dívidas relativas a ex-jogadores como Walter e Martinuccio, contratou o trio Richarlison, Henrique e Diego Souza e ainda regularizou os direitos de imagem do elenco que estavam atrasados. Atualmente, não há mais espaço para novos investimentos. Tanto que a contratação de Wellington Nem foi descartada. Na verdade, é preciso cortar despesas.

Sem confirmar a ação do Roma, o Fluminense esclarece que os pagamentos do CT serão feitos com verba do fluxo de caixa. Por ora, Pedro Antônio descontou dois cheques, um de R$ 1,5 milhões (janeiro) e outro de R$ 3,1 milhões (fevereiro). Ele já havia sido ressarcido em R$ 150 mil em dezembro passado. Ou seja, recebeu a ordem de R$ 4,7 milhões. O gasto total dele, comprovado em notas fiscais e relatórios financeiros, tudo auditado pelo clube, com anuência do Conselho Fiscal, é de aproximadamente R$ 4,5 milhões – havia se comprometido a emprestar até R$ 7 milhões. Isso não significa que não tenha colocado mais dinheiro no projeto. Há pagamentos feitos que ainda não foram apresentados ao clube e diversos serviços contratados, que ainda serão cobrados. Estes somam cerca de R$ 8 milhões.

– Chegou o momento em que o clube precisava planejar o pagamento dos custos do CT. Foi feito uma combinação com o Pedro, de pagamentos até o final do ano. O dinheiro tem origem no fluxo de caixa do clube. Marcamos as datas para poder cumprir com o compromisso. Tenho de me virar para pagar. Não há dúvida de que a venda do Gerson é chave para fazer o investimento. Sem ela, não teríamos a verba necessária – explicou o presidente Peter Siemsen.

Foi em 18 de junho de 2015 que o Flu começou a construção do CT. Depois de aterrar o terreno, cedido pela prefeitura do Rio, houve a necessidade de estabilizar o solo. Atualmente, a fase é de fundação das primeiras estruturas e da construção de dois campos de futebol,  começando pela drenagem.

– O cronograma está dentro do esperado. No segundo semestre, vamos começar a treinar lá. A estrutura total não estará pronta, mas haverá condições de uso. Estou muito feliz. O Fluminense vai dar um salto de qualidade enorme – completou Peter.

O CT do Flu, próximo à Escola Sesc, na Avenida Ayrton Senna, terá três campos oficiais (o terceiro será construído posteriormente), área de suporte (lavanderia, garagem, depósito para materiais) e área do futebol (vestiários, departamento médico, fisioterapia, musculação, piscinas e recuperação dos atletas). A área de hospedagem (hotel, estrutura administrativa do futebol, sala de imprensa e refeitório), conhecida por torre de cinco andares, ficará para ser construída em um segundo momento. Aí, o valor da obra sobe para R$ 45 milhões.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte  / Foto: Divulgação

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