Em artigo opinativo, Lindinor Larangeira analisa o pouco espaço dado aos jovens da base tricolor na última temporada e lista promessas para 2026.
(por Lindinor Larangeira)
Enquanto Martinelli foi o único “Moleque de Xerém” titular do time neste ano, vimos outras equipes utilizando mais jogadores formados na nossa base do que o próprio Fluminense. É um contrasenso que precisa de uma boa discussão.
Vale destacar que dois dos grandes expoentes do Botafogo em 2024, Luiz Henrique e Marlon Freitas, são crias de Xerém. Olhando para a nossa temporada passada, também não custa lembrar a importância de Kauã Elias (vendido precocemente) na campanha de recuperação que evitou um humilhante rebaixamento no Brasileirão, logo quando ostentávamos o emblema de campeão da Libertadores na camisa.
Se o dinheiro é curto, por que não usar recursos próprios?
Os “idiotas da objetividade” perguntarão: “Você acredita mesmo que Xerém vai ser a solução dos problemas do Fluminense?”. A resposta é óbvia e ululante: é uma parte fundamental da solução. Se temos uma das bases consideradas entre as melhores do país, por que outros clubes a utilizam melhor do que nós?
Em 2025, alguns garotos tiveram oportunidades — poucas, diga-se de passagem. Dois deles, Júlio Fidélis e Davi Schuindt, mostraram qualidades, mas estranhamente sumiram. Léo Jance também foi testado e poderia ter tido uma minutagem muito maior.
Outros jovens, como Wallace Davi, sequer tiveram oportunidade de ter uma sequência no time profissional. O promissor atacante Wesley Natã e o zagueiro Loiola, destaque na Copinha, já poderiam ter sido incorporados ao elenco principal para ganharem “casca”.

Que se dê espaço para os garotos em 2026
Na temporada que terminou, a carência mais clara no elenco era um camisa 9. Por que o garoto Kelwin não teve uma mísera oportunidade? Outra história que parece se repetir é a do volante Dohmann: assim como aconteceu com Jefté, o jovem jamais teve uma sequência no profissional. Sendo assim, talvez, no futuro, venha a reforçar algum adversário.
Ao invés de investir em veteranos em declínio físico e técnico, com salários astronômicos, o Fluminense deveria dar espaço aos moleques da base. Isso gera ganho técnico, financeiro e uma considerável economia imediata.
Nomes como Júlio Fidélis, Davi Shuindt, Wallace Davi, Loiola, Wesley Natã, Kelwin e Matheus Reis deveriam ser olhados com mais carinho pela comissão técnica e pelos dirigentes. Por que não rejuvenescer o elenco, mesclando a base com a experiência de Fábio, Ganso e, quem sabe, de Hulk?
PS: Não é só Xerém. Os jovens estrangeiros, Lavega e Lezcano, também precisam de testes reais em campo.
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