Fluminense cria plano de carreira individualizado para a garotada de Xerém




Garotada com futuro no Fluminense
Garotada com futuro no Fluminense

O Fluminense encontrou uma nova forma de otimizar seus esforços: todos os atletas com passagem por Xerém agora contam com um plano de carreira individualizado. A intenção é fazer com que o clube tenha 100% de aproveitamento dos jovens, seja no próprio time das Laranjeiras ou com transferências para outras equipes. O Fluminense reproduz em escala menor o que foi feito com Neymar no Santos, quando o atleta já havia se firmado nos profissionais e era uma estrela do futebol nacional. O Tricolor planeja cada passo dos jovens, inclusive com parcerias com clubes de mercados alternativos que absorvem os talentos excedentes. Os principais destinos são times do Leste Europeu e dos Estados Unidos.

“O que levou a isso [criação dos planos de carreira] foi a parceria com a Unimed. O Peter Siemsen [presidente do Fluminense], quando assumiu, queria investir na base, botou dinheiro, mas começamos a produzir bons jogadores e não tínhamos onde botar no profissional. Tínhamos muitos grandes atletas no profissional. Então pensamos um projeto para mostrar para esses jovens que eles podiam ganhar experiência em outros times e tomar a decisão: voltar para o Fluminense mais experiente e tentar uma vaga, ou seguir a carreira em outro clube”, disse, Marcelo Teixeira, gerente geral da base do Fluminense.

“O que é o normal? E é o que acontece no Fluminense também em casos isolados em que tivemos dificuldades, mas, em geral, não acontece. Você faz contratos longos e eles não conseguem jogar no primeiro time, ou vão mal e ou ficam afastado, treinando em separado. Hoje, conseguimos evitar isso encaminhando atletas para essas parcerias”, completou Teixeira.

Atualmente, além de nomes como Gustavo Scarpa e Marcos Junior, que passaram pelo projeto e brilham atualmente entre os profissionais do Fluminense, o Tricolor tem jogadores nos Estados Unidos, Eslováquia, Índia, Finlândia, Eslovênia, China e Espanha, entre outros.  A lista, no total, é formada por 26 jovens espalhados pelo mundo.

“É um trabalho nosso, de aproximação [com mercados alternativos]. Foi um trabalho nosso de viajar para o exterior e criar rede de relacionamento. Outra coisa que temos é vídeo de todos os nossos jogadores. O tempo todo estamos alimentando essa rede com esses jogadores, porque temos a ideia desses jogadores saírem, ganharem experiência, evoluírem como ser humano e retornarem depois”, explicou Teixeira.

“Apresentamos através de vídeos e torneios. Neste ano, jogamos um torneio da República Tcheca. Isso faz parte de um projeto escrito há três anos, na época do Rodrigo Caetano [diretor de futebol entre 2011 e 2013]. Hoje estamos colhendo frutos no time de juniores, com quatro jogadores que já atuaram no exterior. E outros com partidas internacionais importantes na bagagem”, lembrou o dirigente.

Finalmente, o Fluminense tem se aproximado da meta de ter entre 40% e 50% do elenco profissional formado na base. Do time que empatou com o Coritiba por 1 a 1 na última quarta, cinco dos titulares tiveram passagem por Xerém.

Por Explosão Tricolor / Fonte: UOL / Foto: Fluminense FC