Fluminense e outros quatro clubes da Série A ainda não assinaram termo com empresa interessada em assumir operação de futura liga






Mário Bittencourt ainda tem ressalvas ao projeto

Dirigentes de 18 clubes assinaram um termo com a empresa liderada pelo advogado Flavio Zveiter, denominada Codajas Sports Kapital, no qual se comprometem a avançar em assuntos relacionados à liga de clubes.

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Entre participantes da primeira divisão em 2021, cinco ainda não assinaram o acordo: Athletico-PR, América-MG, Fluminense, Juventude e Sport. Todos os outros confirmaram a participação.

Recapitulando: em junho deste ano, cartolas manifestaram o interesse de fundar uma liga para a organização do Campeonato Brasileiro e, mais importante, para vender suas propriedades comerciais.

Ainda naquele mês, dirigentes receberam representantes de três empresas interessadas em cuidar da operação da liga. A Codajas, de Zveiter, era uma delas. O assunto então esfriou nos bastidores.

Agora, a proposta volta a avançar com a assinatura deste termo. Ele é um documento “não vinculante”, ou seja, não gera nenhuma obrigação para os clubes envolvidos. Caso seus dirigentes queiram recusar o que for oferecido posteriormente, têm esse direito preservado.

Ao mesmo tempo, o acordo gera as seguintes obrigações para os clubes:

– Clubes se comprometem a não vender nenhum direito de transmissão ou comercial relacionado ao Campeonato Brasileiro para o período posterior a 2024, durante os próximos dois meses.
– Clubes concordam em ceder informações necessárias para a realização de um “valuation” (valoração da liga de clubes a ser fundada). Isso determinará a entrada de um parceiro.
– Clubes cedem à Codajas Sports Kapital o direito de cobrir propostas financeiras, por período pré-determinado de 60 dias, caso concorrentes apareçam com ofertas diferentes.

Todos os pontos acordados têm relação com a proposta financeira que Zveiter prometeu aos dirigentes. Ao lado de profissionais de mercado, como Ricardo Fort e Lawrence Magrath, o advogado afirma que conseguirá vender uma parte da futura liga de clubes para um investidor.

Na carta entregue aos dirigentes, a Codajas afirma que tem acordo com a Advent International. Trata-se de uma companhia que investe em “private equity” (ou seja, comprando participações em empresas consolidadas). A Advent fez negócio similar no futebol italiano, com a liga local.

Inicialmente, a liga de clubes foi avaliada pela equipe de Zveiter em US$ 4 bilhões. Baseando-se nisso, a venda de até 25% da liga para esse parceiro geraria US$ 1 bilhão. Esse dinheiro, por sua vez, seria repassado aos clubes para que possam pagar dívidas e se reestruturar em meio à crise.

Por meio desse acordo, sob sigilo, dirigentes proverão dados internos para que a Codajas faça um “valuation” mais preciso das propriedades comerciais envolvidas, sobretudo dos direitos de transmissão.

A exigência para que clubes não vendam direitos de transmissão ou patrocínios existe para que essa operação, de venda de parte da liga para um terceiro, não seja inviabilizada. Contratos de direitos de transmissão estão em vigor e valem até 2024. Se algum clube vendesse seus direitos separadamente, de 2025 em diante, prejudicaria a negociação coletiva.

De onde vem a resistência

Mario Celso Petraglia, responsável pelo Athletico-PR, é a principal voz dissonante ao projeto capitaneado por Flavio Zveiter. O dirigente não assinou o termo e tem dito nos bastidores que não assinará. Ele busca alianças entre cartolas da Série B para formar um grupo de oposição.

Segundo interlocutores consultados pela reportagem, Petraglia tem o receio de que esse acordo, com a Codajas, impeça negociações com outras empresas interessadas em operacionalizar a liga. Além disso, ele teme que os valores estimados estejam subvalorizados.

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, também tem demonstrado ressalvas ao projeto. O cartola ainda não assinou o termo com a empresa de Zveiter, embora a sua adesão seja aguardada para os próximos dias.

O mandatário tricolor se incomodou com a duração da “concessão” das receitas para o investidor privado. Segundo a carta redigida pela Codajas, esse investidor teria 25% das receitas do Brasileirão por um período de 75 anos. Mário Bittencourt tem dito a aliados que os clubes desistirão de uma quantia muito elevada no futuro, em troca do socorro no presente.



Trigésima segunda rodada do Brasileirão 2021

Sábado (13/11)

17h

Atlético-GO x Santos – Antônio Accioly

18h30

América-MG x Grêmio – Independência

19h

Internacional x Athletico-PR – Beira-Rio

RB Bragantino x Fortaleza – Nabi Abi Chedid

21h

Corinthians x Cuiabá – Neo Química Arena

Domingo (14/11)

16h

São Paulo x Flamengo – Morumbi

18h15

Fluminense x Palmeiras – Maracanã

19h

Ceará x Sport – Arena Castelão

Chapecoense x Juventude – Arena Condá

Quinta-Feira (02/12)

Bahia x Ceará – Itaipava Arena Fonte Nova



Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte

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