Fluminense foi imagem e semelhança de sua diretoria no jogo contra o Vasco




Fluminense foi imagem e semelhança de sua diretoria no jogo contra o Vasco (por Lindinor Larangeira)

A imagem mais patética e absurda do clássico de sábado, no Engenhão, não foi a que vocês estão pensando. Uma imagem falou por si: ao cumprimentar Anderson Daronco no término da partida, Renato Augusto proporcionou a cena que melhor traduziu uma noite trágica.

A síndrome de Estocolmo, em que o sequestrado demostra apreço pelo sequestrador, não acometeu somente o ex-jogador em atividade, tem sido uma constante de uma diretoria covarde, incompetente e omissa.

A falta de atitude do time em campo foi a imagem e semelhança dessa direção.

No primeiro tempo, enquanto o limitado Vasco competia, não dava espaços e parava o jogo com seguidas faltas e a convivência de Daronco, o Fluminense se limitava a marcar com os olhos. Parecia um video-tape do jogo anterior, a inaceitável eliminação da Copa do Brasil.

O momento definidor dos rumos da contenda foi quando aquele clone de Johnny Bravo validou um gol absolutamente irregular do Vasco. Aliás, triplamente irregular: empurrão e toque de Léo e toque de Vegetti.

Depois de sete minutos de VAR, para surpresa de ninguém, Daronco apitou para o meio. Vergonha total!

Na segunda etapa, o Fluminense melhorou um pouco, mas foi um time “arame liso”, com posse de bola e nenhum poder de fogo. Ainda foi castigado com o segundo gol do Vasco. Esse legal, em mais uma falha do quebra-galho Thiago Santos, que se abaixou no cruzamento que originou o lance.

Daí para frente, um time perdido em campo e cumprindo o papel de observador passivo do toque de bola adversário, saudado com os gritos de olé, da  torcida rival. Faltou futebol e atitude, com raras exceções.

Keno não dá mais. Como também Thiago Santos. Samuel Xavier parece que não perdeu apenas os cabelos: o futebol também. Alexsander até tenta, mas parece ter um compromisso com o erro. Kauã Elias tem muito potencial, mas nem todo dia vai resolver. Por isso, a contratação de um centroavante de área é urgente e necessária.

Espírito vencedor nessa partida? Mesmo não sendo brilhante, Arias é quem sempre tenta algo diferente. Pela luta, André, Ganso, Diogo Barbosa e Ignácio, que fez uma estreia bem honesta. Fábio foi quase um espectador privilegiado. Fez uma defesa milagrosa, mas deu rebote para o segundo gol. 

Mano Menezes também não esteve bem. A insistência em um 4-3-3, com a inoperância de Keno, em um jogo que o 4-4-2, com Lima ou Bernal compondo o meio era uma alternativa melhor para enfrentar o jogo físico do adversário. E colocar em campo o ex-jogador,  tendo Bernal no banco,  foram erros que um treinador cascudo não pode cometer.

Enfim, corrigir os erros, levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Para isso, tem que ter atitude. Coisa que faltou nesta semana.

PS1: Quando escrevo este texto, recebo a informação de que o presidente Mário Bittencourt vai dar uma coletiva. Fica para a próxima coluna.

PS2: Daronco, Claus, Luiz Flávio, Sávio e Wilton. O bingo da CBF pra ferrar o Fluminense…

PS3: Mano, o time precisa de um 9 raiz.

PS4: Mais do que nunca, é preciso postura, organização e coragem no jogo de ida da Libertadores.

PS5: O que fazem Angioni e o conselho deliberativo do Fluminense?

PS6: Aproveitem e afastem Renato Augusto. Cumprimentar o algoz é um pouco demais.

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