Fluminense mostra evolução em campo, mas a diretoria…




Kauã Elias (FOTO DE MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC)

Fluminense mostra evolução em campo, mas a diretoria segue omissa fora das quatro linhas (por Lindinor Larangeira)

Parafraseando o grande e imortal tricolor Nelson Rodrigues: “Os idiotas da objetividade dirão: ah, mas foi só um empate”. Para além do resultado, que na atual situação do Fluminense na tabela não pode ser considerado bom, embora o bem treinado time do Criciúma venha impondo muitas dificuldades aos visitantes, inclusive derrotando o líder Botafogo, creio que esse ponto foi importante pelo desempenho da equipe, na noite de ontem.

“Você quer dizer então que o time jogou bem?” Perguntarão ainda os idiotas da objetividade. Evidentemente, uma equipe que não vinha apresentado nada, ou talvez o pior futebol de um campeonato brasileiro repleto de times ruins, não pode sair do zero ao cem em apenas três jogos. Porém, o Fluminense fez uma partida bastante razoável na terra do carvão e da cerâmica.

Os jogadores lutaram, competiram e muitos não mostraram a resignação dos derrotados. Resignação que, desgraçadamente, tem sido uma constate por parte da diretoria do clube.

A janela abriu e até agora as notícias são desalentadoras. Se virem para manter André até o final da temporada. Até agora, somente Thiago Silva é um reforço importante, tanto no sentido técnico, quando no de liderança. Nonato é mais uma aposta. E o momento atual não é para apostas. Rigoni parece uma piada de péssimo gosto. Um jogador que teve dois ou três meses de bom futebol no São Paulo e depois não conseguiu produzir mais nada. Tanto que está sendo dispensado por uma equipe inexpressiva da MLS.

Ainda sobre o argentino, muitos áulicos do presidente, os tais “influencers”, dizem: “Mas o Rigoni está vindo de graça”. Se fosse verdade, ainda assim seria muito caro. Minha pergunta para a trinca Mário, Angioni e Fred é: quanto vocês ofereceram de salário por mais esse pereba?

Voltando ao jogo de ontem, foi a partida recente em que o time mais chutou a gol. Foram 18 finalizações, 10 no gol. A maior posse de bola (60 a 40%) não foi uma irritante troca de passes laterais e no interior da nossa própria área. Dessa vez, o goleiro adversário não saiu de uniforme limpo. Fez, pelo menos, três boas defesas. A lama do péssimo gramado também salvou o Tigre, em cabeçada de Martinelli.

Mas como a fase não é das melhores, quando estávamos próximos de abrir o placar, o time da casa achou um gol, em mais um vacilo da nossa zaga.

Diferentemente, do que vinha fazendo Diniz, Mano fez as alterações corretas: botou a garotada em campo e a molecada resolveu.

Esquerdinha tem que ter mais minutagem e Kauã Elias me parece uma opção melhor que o JK dessa temporada.

A solução parece mesmo ser a mescla de juventude e experiência. Colocar a rapaziada que vai para cima em campo. E com Thiago Silva, Ganso Marcelo (não na lateral) e Fábio, além dos jovens “veteranos”, André e Arias, formar um time competitivo e com talento.

Sobre os jogadores, Samuel Xavier, Keno e Martinelli merecem banco. Também esperamos que Cano volte a ser o artilheiro letal do ano passado.

Por último, que diretoria omissa e pusilânime… Aceitaram que o time jogasse três partidas seguidas fora. Depois da grita da torcida, fizeram um pedido protocolar para a CBF. Essa tentativa de dar satisfação ao torcedor, não passa de um misto de incompetência, omissão e falta de senso de ridículo.

Agora é aproveitar os 10 dias de treinamento, que espero, não tenham três dias de folga, e preparar o time para mais um jogo decisivo para a sequência do Brasileirão e para as Copas.

Apesar da diretoria, sairemos dessa. Vence o Fluminense!

PS1: Centroavante, volante, meia e zagueiro. Contratem!

PS2: Testem Kayky Almeida ao lado de TS3.

PS3: Scout que indica Rigoni, em qualquer clube sério, seria demitido por justa causa.