Fluminense, o número um do Rio de Janeiro

Esse título do texto poderia tratar do passado, do presente ou do futuro do Fluminense. Do passado por torcermos pelo clube que fundou o futebol carioca. Por ter ostentado por muitos anos ser o maior ganhador de Campeonatos Cariocas. Poderia ser do futuro se tratasse do nosso CT e de quanto ele pode mudar o patamar do Fluminense. Mas vou falar de nosso presente.

Somos líder de um campeonato e finalista de outro. Montamos um elenco tecnicamente muito bom. Jogadores que mesmo sem o ajuste completo do time decidem jogos. Levir Culpi reconhece isso e trabalha insistentemente para melhorar a compactação do time. Mas, mesmo com problemas em nosso time, somos número um.

Aprendemos a jogar contra os times pequenos. O Fluminense historicamente sempre sofreu contra os times menores do Cariocão. Hoje em dia joga correndo menos riscos e consciente de que pode perder o jogo. Aumentou o nível de concentração nesses jogos e já não perde mais partidas fáceis.

E a nossa improvável dupla de zaga? Há alguns dias, Gum e Henrique eram considerados os piores zagueiros do nosso elenco. Muita gente pedia Marlon e Renato Chaves (eu engrossei esse coro) e até dar uma chance no time titular ao Nogueira. Eis que Levir apostou nos dois e trouxe ao time uma consistência defensiva notável. Me lembra o time de 2010 com Gum e Leandro Eusébio.

Jonathan acabou com a desconfiança de parte da torcida em seu futebol. Evolui a cada jogo e deu a certeza que estamos bem servidos na lateral direita. Nosso maior problema é a lateral esquerda. Jogamos agora com Wellington Silva que está muito bem por ali. Mas aí o jogo contra o Madureira mostrou que Giovanni é muito burocrático para jogar na lateral. Poderia ser testado como volante, mas lateral não dá. Cavalieri ainda não consegue sair do gol com segurança.

Mas ainda assim somos número um do Rio de Janeiro. Devo parecer chato para alguns por sempre tentar apontar defeitos no time. Entretanto consertá-los e fundamental para a evolução. Até porque o Rio de Janeiro é muito pouco quando se fala do Fluminense. Devemos, podemos e queremos muito mais.

Por enquanto é muito boa a sensação de que nenhum time no Rio pode zoar o Fluminense no momento. Muito bom saber que voltamos a ser referência de futebol bem jogado. Isso não pode se perder nunca. Durante três anos fomos acometidos pela “Síndrome do Coadjuvante”, onde em nome da organização financeira e estrutural aceitamos o segundo plano. Seja na última página do caderno de esportes, no desinteresse da televisão ou sem destaque nos grandes portais esportivos.

Todos agora começam a prestar atenção no gigante que renasce.

Tabelinha:

1- Imagino Eurico e Rubinho se contorcendo de raiva ao ver a tabela do Cariocão 2016. Tive que mudar a coluna toda depois do empate entre Vasco e Volta Redonda. Achei que o jogo seria duro e que arrumariam um pênalti para o Vasco. Aconteceu isso, mas o Nenê perdeu.

2- Essa semana começa a Copa do Brasil para nós. Jogo contra o Tombense, 10° colocado do Campeonato Mineiro. Jogo aparentemente fácil, porém é sempre bom jogar com seriedade.

3- Como previ, Cícero jogando de meia cresce muito de produção. Equilibrou o setor de criação e, com a entrada de Douglas, reforçou a proteção da defesa. O caminho é esse.

4- Acabou o caô! O Guerr… hahahahahaha

5- Danielzinho e Felipe Amorim mostraram no jogo de sábado que não são grandes opções no elenco. Queria muito ver Eduardo e Bryan Olivera com a mesma sequência de jogos.

6- Julio Cesar, goleiro reserva do Fluminense, deve estar agoniado vendo as saídas de gol e a habilidade com os pés do Cavalieri. Dois fundamentos em que Julio é muito bom.

7- Para a alegria do colunista Paulo Nense, Scarpa está cada vez melhor nas cobranças de falta.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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