Fluminense processa empresário Rony Meisler




Foto; Vinicius Toledo / Explosão Tricolor



Após emitir uma nota de repúdio, o Fluminense entrou com um processo contra Rony Meisler, fundador da grife de roupas Reserva, devido aos comentários que alegam que o clube praticou racismo no passado devido ao uso do pó-de-arroz como celebração. O caso ocorreu antes do clássico contra o Vasco, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Rony é torcedor cruz-maltino.

O processo corre na 13ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. O Fluminense pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à imagem do clube.

No processo, caso o Fluminense vença, também está especificado que o valor será destinado a duas instituições sociais focadas no combate ao preconceito: a Associação Esportiva Cultural e Educacional Eduardo Cardoso e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

Através de sua conta no Instagram, Rony Meisler afirmou que o Fluminense mandava “pessoas pretas passarem pó de arroz no rosto para jogar futebol”. Posteriormente, ao ser alertado de que essa versão era falsa, ele se desculpou nas redes sociais.

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“No sábado, o Fluminense colocou 38 mil torcedores no Maracanã. No domingo, dia seguinte, o Vasco colocou 60 mil. Evidência clara de que o Vasco precisa do Maracanã e o Fluminense poderia jogar em seu estádio nas Laranjeiras, onde há menos de um século eles mandavam pessoas pretas passarem pó de arroz no rosto para jogar futebol”, escreveu.

Em nota, o Fluminense afirmou que cancelou “qualquer relacionamento com a referida empresa” por entender que “este senhor e a grife que fundou não são dignos de ter sua marca associada ao clube”.

“Circulam corriqueiramente em redes sociais versões falsas que indevidamente apontam o racismo institucional supostamente praticado pelo clube no início do século XX como origem do apelido “pó-de-arroz”, originariamente adotado por torcedores rivais como forma de provocar a torcida tricolor e seu ex-jogador NEGRO Carlos Alberto, que tinha como hábito usar pó branco no rosto após fazer a barba já na época em que atuava no América. O efeito foi inverso e os tricolores DE TODAS AS CORES abraçaram o apelido e fizeram do pó-de-arroz um dos símbolos da sua torcida até os diais atuais”, escreveu o clube.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: O Globo

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