Fluminense quebra tabu e derrota o Botafogo na estreia de Zubeldía




Germán Cano - FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.
Germán Cano - FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Fluminense quebra tabu e derrota o Botafogo na estreia de Zubeldía

(por Lindinor Larangeira)

Um incômodo tabu foi quebrado na tarde de domingo, no Maracanã. Após uma incômoda sequência de oito derrotas seguidas para um time que sempre foi freguês, o Fluminense Football Club derrotou o Botafogo por 2 x 0, com gols de Cano e Lima, na estreia de Luis Zubeldía no comando da equipe.

Mas o que o argentino fez de diferente de Renato Gaúcho? Apenas o básico. O bom e velho feijão com arroz. Cano, mesmo sem ter totais condições físicas, não pode ser reserva de Everaldo. Aliás, ninguém pode ser reserva de Everaldo. Não precisa ser “gênio da internet” para perceber essa obviedade. Só os néscios não enxergam.

Embora não tenha feito qualquer grande mudança, afinal só conseguiu dar dois treinos, Zubeldía não engessou o time com três volantes e vimos um Fluminense mais organizado, leve e compacto em campo. Basicamente, um artilheiro, um meia e alguma organização, foram os fatores que ajudaram a equipe a vencer e colocar as coisas nos seus devidos lugares.

Zubeldía analisou a sua estreia pelo Fluminense
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Foi só o começo. Falta muita coisa ainda

A vitória foi extremamente importante para o início de trabalho no novo treinador e para dar uma injeção de ânimo no time. Porém, para ter um final de temporada tranquilo, com possibilidade de levantar a única taça possível, a Copa do Brasil, e vaga na Libertadores, via Brasileirão, muita coisa tem que melhorar.

O time se defende com razoável competência, mas tem pouco poder de definição no ataque. A criatividade na meia cancha é bastante reduzida, mesmo com dois volantes com boa capacidade técnica, como Martinelli e Hércules. Neste setor, o meia Lucho Acosta parece ser um bom articulador, mas a alternativa de quatro jogadores no meio poderia ser usada. Outra tentativa poderia ser testar Serna como falso 9, mas antes dar mais minutagem para saber o que JK quer da vida.

A missão principal é fazer o clube voltar à Libertadores, tarefa dificultada pelos erros de planejamento da diretoria e os equívocos, somados à autossuficiência do ex-treinador.

Thiago Silva foi substituído no segundo tempo do clássico contra o Botafogo
Foto: Marina Garcia / Fluminense FC

Sobre o jogo, pouco a dizer

Com público reduzido (nem 20 mil pessoas), o “Clássico Vovô” talvez tenha tido apenas três grandes momentos: a entrada dos times em campo, com torcedores 60+ (idoso é o cacete…). Vovós e vovôs tricolores e alvinegros. Essa linda homenagem e os dois belos gols do Fluminense, o primeiro pela jogada coletiva, de toques rápidos e infiltrações. O segundo pelo passe primoroso de Martinelli, a calma, categoria e a primorosa conclusão de Lima, valeram o ingresso.

No primeiro tempo, o Fluminense teve mais volume e o Botafogo as melhores oportunidades. No chute de longe do bom volante Newton, que Fábio tirou com os olhos e a ajuda do travessão. E depois na arrancada de Vitinho, única defesa do melhor goleiro do Brasil no jogo. No retorno, um Botafogo com a posse de bola e nenhuma efetividade. O Fluminense controlou o jogo, e mesmo com Soteldo e Everaldo em campo, conseguiu o triunfo.

Agora é dar os próximos passos em uma verdadeira corrida de recuperação para garantir vaga na Libertadores e mais leveza para a disputa das semifinais da Copa do Brasil. Com Zubeldía e alegria…

Germán Cano
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

PS1: Lima? Nunca critiquei!

PS2: Martinelli, mais uma vez, jogou de terno.

PS3: Acosta tem demonstrado bastante qualidades.

PS4: Bela partida do Loco Freytes.

PS5: Que venha o Leão da Ilha. Nós temos Hércules!

PS6: Botafogo? É bairro!

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