Fluminense: ruptura, mudanças e oxigenação no futebol




A partir do próximo domingo, o Fluminense iniciará a sua caminhada no returno do Campeonato Brasileiro. Na sétima colocação, com 25 pontos, mas podendo ser ultrapassado por até cinco concorrentes, que estão com um jogo a menos, o Tricolor terá que buscar uma sequência de vitórias para se firmar na luta por uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores da América.

Infelizmente, o nível de atuação do Fluminense não dá esperança de dias melhores. Porém, sob o comando do Marcão, os números no Brasileirão são favoráveis: duas vitórias e dois empates, ou seja, um aproveitamento de 66,66%. É válido lembrar que as vitórias foram muito sofridas, mas vieram. No entanto, é de extrema importância que algumas situações sejam revistas.

Primeiramente, alguns jogadores não deveriam mais ser considerados para o time titular ou nem mesmo para o banco de reservas. No caso da lateral-esquerda, a situação é dramática, pois só os adversários aprovam as escalações do Egídio e Danilo Barcelos. Para piorar, ninguém tem noção se o Marlon, que nunca convenceu, evoluiu o suficiente no futebol europeu para barrá-los. Já o Jefté, que gastou a redonda no Sub-17, não vem bem no Sub-20 e Sub-23, porém, resta identificar o motivo. Não descarto até uma possível desmotivação, pois ele é talentoso.

Apesar do drama na lateral-esquerda, ainda acredito que dê para o Fluminense melhorar nessa reta final de temporada. Porém, não consigo visualizar que isso seja possível sem uma ruptura com a maioria dos veteranos. Está cada vez mais escancarada a necessidade de oxigenar o time.

Jovens como o Wallace, John Kennedy, João Neto e Matheus Martins merecem uma chance como opções imediatas no banco de reservas. Os quatro são jogadores técnicos e podem dar uma intensidade maior, em especial, nas retas finais das partidas ou será que o Fluminense terá algum futuro com Wellington, Cazares, Nenê, Lucca, Bobadilla e Abel Hernández? Já passou da hora de admitir que a gestão de futebol errou feio na montagem do elenco para a atual temporada.

Minha escalação ideal

Cada um tem a sua escalação ideal em mente. Não é à toa que o Brasil é conhecido por ter mais de 200 milhões de treinadores. No meu caso, penso no Fluminense no 4-4-2, porém, com o Jhon Arias, o time pode variar em alguns momentos do jogo para o 4-3-3. Eu escalaria a seguinte formação: Marcos Felipe; Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Marlon; André, Martinelli, Yago Felipe e Jhon Arias; Caio Paulista e Fred.

Na defesa, testaria o Marlon na lateral-esquerda. No caso do Samuel Xavier, que não vem nada bem, acho válido mantê-lo, pois o Caio Paulista está de volta. Os dois estavam se entendendo muito bem antes da lesão do atacante. Porém, começaria a preparar o Calegari para uma nova oportunidade.

Já no meio de campo, acredito que o André, Martinelli, Yago Felipe e Jhon Arias formariam um bom quarteto. Nonato seria uma alternativa imediata e o Wallace poderia ser a aposta. É válido lembrar que o Gabriel Teixeira atuava como meia na base, ou seja, seria mais uma opção para o setor.

Por último, o ataque. Com o time ajustado e organizado, acredito que o Fred ainda tenha condições de ajudar. Não de três em três dias ou quase por um jogo inteiro, mas se a bola chegar, ele sabe o que fazer com ela. Mas para que isso aconteça, é necessário que os laterais tenham uma melhor performance nos cruzamentos e os meias não errem tanto no acabamento das jogadas, conforme tem acontecido com frequência. Para a reserva imediata, alguns ainda acreditam no carismático Bobadilla. O meu preferido é o John Kennedy, pois se movimenta muito e tem um bom poder de finalização. Além dele, acho que poderia pensar também no João Neto, que também é bom de bola. O próprio Fred já falou que ficou impressionado com o garoto.

Ainda sobre o ataque, acredito que o Caio Paulista seja a melhor opção de momento para completar o setor. Porém, gostaria de ver a comissão técnica trabalhando no desenvolvimento do Luiz Henrique. Ele é talentoso e tem força física, mas precisa melhorar na tomada de decisões e soltar mais a bola. Com boa orientação técnica, o garoto tem totais condições de evoluir. Uma aposta que eu faria como uma das opções imediatas é no Matheus Martins. Esse menino é habilidoso e veloz.

Se você leu até o final, deixo aqui o meu sincero agradecimento. Como gosto de um bom debate, gostaria de saber a sua escalação ideal (deixe no campo de comentários da publicação).

Forte abraços e ST

Vinicius Toledo

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