Fluminense se posiciona sobre processo milionário de funcionário do clube; veja a nota




Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.



Funcionário ficou tetraplégico após sofrer acidente nas Laranjeiras

Pouco mais de três meses depois de ser contratado para trabalhar como funcionário do Fluminense, Claudio Gomes de Souza viu a sua vida mudar completamente aos 41 anos de idade. Em abril de 2018, durante a gestão de Pedro Abad, o funcionário fazia a poda de uma árvore na sede das Laranjeiras quando sofreu uma queda de aproximadamente 26 metros após o rompimento da corda, sofreu graves lesões e ficou tetraplégico. No mês passado, ele entrou com uma ação trabalhista contra o clube e pede pouco mais de R$ 1,7 milhão pela causa.

Claudio foi contratado para atuar como coordenador esportivo do Fluminense, com salário de quase R$ 3.200, mas na carteira de trabalho constava como coordenador de serviços gerais, com função de supervisionar atividades como limpeza, reparos, manutenção de equipamentos e instalações, de acordo com os autos. Segundo o texto da ação, na prática, o funcionário atuava como um “faz tudo”. O advogado do funcionário, Gabriel Lessa Ferreira, afirmou que houve um desvio de função e que o contrato não previa atividade em altura.

A defesa de Claudio alega negligência e displicência do Tricolor, ressaltando que o funcionário fazia uma função que não era a sua e para qual não foi treinado, sem a supervisão de um profissional da segurança do trabalho, e com equipamentos em más condições.

Após o acidente, Claudio deu entrada em um pedido de benefício de auxílio doença acidentário por incapacidade temporária no dia 9 de maio de 2018, e o contrato de trabalho foi suspenso. Quase dois anos depois, no dia 10 de fevereiro de 2021, foi concedida a aposentadoria por invalidez. De acordo com o processo, o contrato de trabalho segue suspenso.

Além disso, também há uma questão relacionada à saúde. Desde que o acidente aconteceu, o Fluminense manteve o plano de saúde de Claudio e de sua filha, mesmo com a suspensão de contrato de trabalho, conforme determina a lei em casos como este. Houve uma mudança no plano oferecido a todos os funcionários do clube, porém, a nova modalidade, de acordo com o processo, não tem cobertura total sobre os cuidados que Claudio precisa após o acidente. Segundo a defesa, ele mantém tratamento frequente com suporte de enfermagem, fisioterapia, psicologia, neurologia e nutrição, além do tratamento medicamentoso, todos por toda a vida.

A defesa também incluiu a solicitação da manutenção do plano anterior, inclusive para a filha de Claudio, mas o pedido foi indeferido (ainda cabe recurso).

Através de sua assessoria de imprensa, o Fluminense reforçou a manutenção do plano de saúde desde o momento do acidente e afirmou que vem dando assistência ao colaborador. Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo clube:

“Desde que o caso ocorreu, em 23 de abril de 2018, na antiga gestão, o clube vem dando assistência ao colaborador, incluindo a manutenção do plano de saúde, embora o contrato de trabalho tenha sido suspenso conforme determina a lei. O clube foi notificado da ação somente no mês passado, ou seja, quatro anos e meio após o ocorrido, e apresentou contestação nos autos do processo.”

O Fluminense ainda afirmou que foi notificado da ação somente no mês passado, ou seja, quatro anos e meio após o ocorrido. A defesa de Claudio argumenta que o processo contra o clube só foi aberto agora porque o colaborador não teve condição de pensar na reativação de seu contrato de trabalho, na possibilidade de reivindicar qualquer indenização ou verba trabalhista por conta dos “traumas físicos e psicológicos sofridos”.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte

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