Fluminense, STK Samorin, transparência e analfabetismo político




Transparência (Foto: Divulgação)



A notícia sobre a quitação da dívida com o STK Samorin é um alívio para o Fluminense, pois isso poderia impactar em perda de pontos ou bloqueio de inscrição de jogadores. Não sei como o clube conseguiu os R$ 3,5 milhões para pagar, mas o importante é que foi resolvido. Porém, duas coisas me chamaram atenção nessa história…

Primeiramente, a nota oficial publicada pelo Fluminense sobre o encerramento da dívida em questão informa que “o clube conseguiu uma redução de quase dois terços em relação aos valores exigidos pelo clube eslovaco, ou seja, gerou uma economia superior a R$ 6,5 milhões” (na verdade, reduziu o prejuízo). A outra coisa que me chamou atenção é um post do conselheiro Sergio Poggi publicado através do seu perfil pessoal no Twitter:

“Quando cobramos Abad e Marcelo Teixeira, no Conselho Deliberativo, falaram que não havia cláusula com penalidade rescisória. Quando a diretoria quis encerrar, disseram que tinham conseguido parceiros. É por esse tipo de situação que o estatuto tem que prever responsabilidade financeira dos gestores” – publicou Poggi, que foi conselheiro durante a gestão do Abad (através da chapa segunda colocada na eleição de 2016, que teve direito a 15 cadeiras).

Juntando a informação dada pelo Fluminense e o comentário publicado pelo conselheiro Sergio Poggi, nota-se que a falta de transparência, que tanto cobro há anos. é algo fundamental para a perenidade do clube. Muitas vezes, alguns não entendem esse tipo de cobrança, inclusive, há quem ache que essa “fiscalização” tenha cunho político partidário. De certa forma, até compreendo esse tipo de reação contrária, pois vivemos em um país com elevadíssima taxa de analfabetismo político e, consequentemente, quem se propõe a questionar ou debater sobre assuntos “delicados” logicamente está sujeito a ser bombardeado por todos os lados. Já estou acostumado, mas jamais deixarei de fazer a minha parte.

O projeto Samorin já é uma página virada, mas não dá para aceitar calado que ele tenha sido autorizado através de uma forma que deixou o Fluminense altamente vulnerável. Será que ele foi autorizado de acordo com as normas previstas pelo Estatuto do clube? Essa é mais uma situação que reforça a necessidade de uma pesada auditoria. Porém, acho que isso é pedir demais já que vivemos em uma sociedade quase cega e que acha que esse tipo de questionamento é eleitoreiro…

* O analfabetismo político se refere ao conceito das pessoas que não compreendem os acontecimentos e figuras da política como seria esperado sobre uma democracia onde todo o cidadão tem poder sobre quem é decidido ser o seu líder e representantes, esta noção é vista por uns como sendo extremamente errada devido ao impacto que um voto não propriamente educado tem sobre a sua nação. Este tipo de indivíduo, na sociedade, não aceita pronunciar-se ou discutir sobre qualquer forma de governo, sendo ela boa ou não para a população de seu território.

Observações:

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Forte abraço e ST

Vinicius Toledo