Brasileirão 2025
Fluminense vence no Barradão apesar de Renato Gaúcho (por Lindinor Larangeira)
Ufa! Três pontos preciosos conquistados a fórceps. Renato Gaúcho soube fazer a torcida sofrer. Não fosse a soberba qualidade técnica de Fábio e as imensas limitações do Vitória, grande candidato ao rebaixamento, o Fluminense Football Club talvez não obtivesse o triunfo em Salvador.
O resultado quebrou a sequência negativa e manteve o time na parte de cima da tabela, provisoriamente em 8° lugar, com 31 pontos, e mantendo boa distância do Z4. Caso vença os dois jogos atrasados, entra na briga pelo G6.

Primeiro tempo mais brigado do que jogado
Mesmo com time misto, o Fluminense foi superior ao desesperado Vitória na primeira etapa. O jogo foi muito picado, com faltas em sequência e pouco futebol.
Mesmo antes da justa expulsão do volante Dudu, os visitantes eram melhores. E o tricolor soube aproveitar a superioridade numérica para abrir o placar, com um golaço de Hércules.
No final, Igor Rabello conseguiu tomar dois cartões no intervalo de três minutos. O segundo, no mínimo aplicado com excesso de rigor. Porém, um jogador experiente como ele não tinha o direito de dar o nome que deu.
Renato teve mais sorte do que juízo
Veio o segundo tempo e Renato inexplicavelmente abriu o meio campo, dando superioridade numérica ao adversário no setor. Na coletiva, justificou dizendo que não poderia deixar dois jogadores sem ritmo de jogo, Lezcano e Lavega, e preferiu sacar o meia para deixar dois pontas abertos, e ter o contrato ataque, porque o Vitória iria pressionar.
A leitura do treinador foi parcialmente correta: o Leão da Barra pressionou durante toda a etapa final, e o Fluminense não teve o contra ataque. Um sufoco desnecessário, diante de um adversário que cedia espaços que os visitantes não sabiam explorar.
No apito do péssimo e tendencioso árbitro, o alívio da conquista de um suado triunfo.

O que valeu além dos três pontos
A constatação de que, mesmo com limitações, esse elenco do Fluminense pode entregar mais. Basta o treinador, que é muito bem pago para pensar, racionar com mais lucidez e coragem.
Mais um bom jogo do moleque Júlio Fidélis, que em determinado momento do segundo tempo se transformou na única válvula de escape do time.
O golaço e mais uma partida segura de Hércules. As atuações honestas de Otávio e Ignácio. As demonstrações de Lavega e Lezcano que têm total ritmo de jogo. E a dedicação de sempre do “Príncipe Valente” Canobbio.
E o que não foi legal?
A covardia e a leitura de jogo pra lá de confusa de Renato. A contratação inexplicável de Igor Rabello, que teve outra atuação para esquecer. O visível declínio físico e técnico do outrora bom zagueiro Manoel. Outra atuação inconsistente de Gabriel Fuentes. O que estaria havendo com ele? Mais uma partida ruim de Serna. O que está acontecendo com ele? E as atuações padrão água de salsicha de Guga e Lima.
Sobre Cano, repito: sua escalação, sem qualquer condição física, é uma falta de respeito com a torcida e com o jogador. Dito isso, por que JK não é escalado?
Agora é virar a chave para garantir a classificação na Copa Sul-Americana.

PS1: Faltam 14 pontos para os 45.
PS2: Nada de Soteldo na terça, Renato.
PS3: Enquanto o Vasco em crise trouxe Robert Renan e Carlos Cuesta para a zaga, o Fluminense trouxe Igor Rabello…
