Fluminense x Borussia Dortmund: sim, é possível! (parte 2)

Fluminense x Borussia Dortmund: sim, é possível! (parte 2)

(por Lindinor Larangeira)

É quase um consenso que a estreia do Fluminense na Primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa é a mais complicada dos clubes brasileiros. Mesmo não fazendo uma boa temporada, o Borussia Dortmund é um adversário de respeito.

Respeito, foco, concentração, coragem e ousadia. O Fluminense tem que jogar como time grande, tentando anular os pontos fortes da equipe alemã e explorar as suas fragilidades.

Mesmo com uma temporada sem conquistas, o Borussia é um time que joga um futebol extremamente agressivo. Saber se defender e contra-atacar com eficiência são as chaves para o Fluminense obter um bom resultado.

+Fluminense x Borussia Dortmund: sim, é possível! (Parte1)

Destaques individuais

Um grande time começa por um grande goleiro. A máxima vale para o suíço Kobel, arqueiro muito seguro. O sistema defensivo terá um desfalque importante, o melhor zagueiro do elenco, Nico Schlotterbeck está fora da competição. O volante Emre Can, jogador da seleção alemã, é o termômetro do time. O cérebro do meio-campo é o meia Julian Brandt, um dos líderes de assistências da equipe. No ataque, Karim Adeyemi é o homem do drible, e Serhou Guirassy o da conclusão.

Como joga o Borussia?

Para mim, o esquema é 3-4-3. Mas como todo mundo diz que é 3-4-2-1, chamemos assim. O time joga bastante pelas laterais. Ataca com muita gente. Às vezes, oito ou nove jogadores ocupam o campo adversário, com marcação alta. O perde e pressiona é uma característica, para minimizar a fragilidade da recomposição defensiva. Os cruzamentos para a área, buscando o pivô ou a finalização de Guirassy, são uma constante. Outra arma ofensiva é a individualidade de Adeyemi, muito forte no um contra um. Os meias também arriscam bastante de fora da área.

Fragilidades defensivas

Se o time é forte no ataque, deixa a desejar na defesa. A recomposição é lenta. Mesmo jogando com linha de cinco, os espaços aparecem e podem ser explorados. Os defensores não se sentem confortáveis no enfrentamento individual. Outro ponto fraco é que os zagueiros, principalmente em jogadas de bola parada, marcam muito a bola, dando possibilidades de finalização ao ataque adversário.

Sim, é possível!

Feito o breve diagnóstico, a conclusão é uma só: não será tarefa fácil. Porém, como Renato teve tempo para preparar o time e estudar o adversário, sabe que na terça-feira o Fluminense tem que fazer o seu melhor jogo do ano.

Fábio, Thiago Silva, Arias, Cano e os laterais Samuel Xavier e Fuentes, ou Renê, serão fundamentais para o equilíbrio do time. Aos laterais, a missão de fechar os lados, evitando a jogada mais forte dos alemães. Thiago terá um duro duelo individual com o ótimo centroavante da Guiné. Freytes tem que ser um companheiro de zaga à altura. Fábio tem que estar no seu melhor, como os volantes, que devem reduzir o espaço para a troca de passes do meio-campo adversário.

“A Benção, João de Deus”

Consistência na defesa e eficácia no ataque. Na fase ofensiva, a habilidade e força de Arias, e a eficiência de Cano podem causar problemas para a zaga auri-negra. Outro jogador importante, principalmente como desafogo, na puxada de contra-ataque, é Kevin Serna. A força e velocidade do colombiano podem ser a grande surpresa para o Borussia.

Nossa torcida estará presente no MetLife Stadium incentivando os nossos guerreiros. Que as bençãos de João de Deus, a sorte de Castilho, o espírito de Nelson Rodrigues, e a proteção do Gravatinha estejam conosco.

Vamos, tricolores!

PS1: Parabéns, ao grande tricolor Ivan Lins, um dos maiores astros da MPB, pelos seus 80 anos.

PS2: Parabéns também ao Maracanã, palco mais tradicional do futebol mundial, pelos 75 anos.

PS3: História estranha, essa do Soteldo…

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Saudações Tricolores!

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