Fluminense x Grêmio: equilíbrio nas oitavas da Libertadores 




Fernando Diniz e Renato Gaúcho

Fluminense x Grêmio: equilíbrio nas oitavas da Libertadores 

A definição do adversário do Fluminense nas oitavas de final da Libertadores suscitou, até o momento, reações diversas e conflitantes. Uma estranha, e até certo ponto, exagerada euforia dos gremistas. Um pessimismo, absolutamente inexplicável, dos tricolores.

Muito se falou durante a semana que o Grêmio escolheria o adversário e de que boa parte da torcida preferia o Fluminense. Chegou a se insinuar, inclusive, que os gaúchos queriam fugir do Flamengo

Mas como quem tem boca, além de ir a Roma, pode falar o que quiser, tudo o que for dito dois meses e meio antes do primeiro jogo, pode ser encarado de duas formas: análises, baseadas no desempenho atual das duas equipes, ou meras suposições, lastreadas em desejos, sejam individuais ou coletivos.

No campo dos desejos, o adversário ideal do grupo do Grêmio, para nós, seria o fraquíssimo Huachipato. Porém, era o cruzamento mais improvável. Sobravam então, Grêmio e The Strongest, com maiores probabilidades de termos um jogo na altitude. Só que a realidade contrariou desejos e previsões, colocando os gaúchos em nosso caminho.

Como já apontei, desejo ou previsão, diferem de análise. E se formos analisar a temporada atual, o confronto é equilibrado, não dando margem para euforia ou depressão, por parte das torcidas. Também não acredito nesse papo de “escolha de adversário”.

Fluminense e Grêmio, embora venham de conquistas no primeiro semestre, a Recopa Sul Americana e o Gauchão, no meu ponto de vista têm jogado um futebol abaixo do medíocre.

Se o único time da série A que o Fluminense conseguiu vencer até o momento foi o Vasco, esse mesmo Vasco, talvez um dos piores de sua história, derrotou o Grêmio.

Na fase de grupos da Libertadores, o Grêmio foi salvo por uma vitória com elementos do imponderável, contra o Estudiantes, na Argentina.

Já o Fluminense, passou em primeiro, com a quarta melhor campanha do torneio, mesmo sem convencer em qualquer dos jogos.

É bom lembrar que o Grêmio perdeu em casa para o Huachipato e o Fluminense, mesmo jogando um futebol ruim, se manteve invicto.

Portanto, não consigo compreender a reação das torcidas nas redes sociais, muito menos ainda a de alguns jornalistas, que apontam o Grêmio como “franco favorito”.

Pelo desempenho atual, me parece que não é bem assim. O que me deixa transparecer, sem qualquer tipo teoria da conspiração, é a grande e inexplicável antipatia de boa parte da imprensa pelo Fluminense. E para perceber essa obviedade, basta ler jornal, ouvir rádio, ver TV ou conectar as notícias esportivas na internet. 

Ainda no campo das hipóteses, digo mais: analisando com os dados de hoje, não tenho o menor receio em dizer: o Fluminense teria um leve favoritismo, por ter a vantagem de decidir em casa, contra um time que deve jogar em Curitiba, e por contar com mais jogadores que desequilibram.

O grande X da questão é que temos ainda uma eternidade de mais de 60 dias. Nesse período, como estarão e quais serão os times?

Qualquer previsão, portanto, não passa de achismo.

O momento é de reconstrução do futebol do Fluminense, nos aspectos tático, técnico, físico, psicológico e anímico.

Cabe aos jogadores e a comissão técnica essa virada de chave, para que o ano termine com chave de ouro.

PS1: Uma festa monstro para um Monstro. Bem-vindo de volta, TS3!

PS2: Que golaço do Arias, contra os EUA. Só não sei se isso é bom ou ruim…

PS3: Finalmente deram minutagem para Lucumi: no sub-20 (fez até gol).

PS4: O time vai ter que mostrar futebol na terça-feira.

PS5: Dia 30/06 tem uma prévia das oitavas.

PS6: Que atitude fantástica, que demonstra o grande caráter de Thiago Silva: pedir para receber a camisa de um histórico funcionário do clube.

PS7: Gegê, você me representa e creio, toda a nossa torcida também.