O técnico Luis Zubeldía abriu o jogo sobre o que espera para o meio de campo do Fluminense e a declaração acendeu um alerta no elenco. Ao afirmar que deseja um volante de “imposição física” para atuar à frente da zaga, o comandante tricolor não apenas define um perfil de mercado, mas também expõe lacunas em nomes que hoje são pilares ou grandes apostas do clube, como Hércules e Facundo Bernal.
O planejamento do Fluminense para 2026 segue a todo vapor, e as recentes movimentações de bastidores revelam uma prioridade clara do técnico Luis Zubeldía: a chegada de um volante de imposição física para atuar à frente da zaga. O pedido, no entanto, carrega uma mensagem implícita sobre as peças que o treinador já tem à disposição no elenco.
Ao sinalizar a necessidade de um “camisa 5” clássico, com vigor físico e capacidade de proteção, Zubeldía indica que nomes como Hércules, Nonato e Facundo Bernal ainda não preenchem a lacuna da titularidade absoluta nessa função específica sob o seu comando.
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O “sacrifício” de Hércules e o potencial desperdiçado
A situação mais emblemática é a de Hércules. Embora venha sendo utilizado na função de primeiro volante, as características técnicas do jogador mostram que ele rende muito mais como segundo homem de meio. Hércules possui uma transição em velocidade invejável e um “timing” de infiltração que o torna letal. Ou seja, ele pisa na área adversária com facilidade e chega bem para finalizar.
É importante lembrar o seu papel de destaque na Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Na ocasião. Hércules marcou gols decisivos contra a Inter de Milão e Al-Hilal. justamente por ter liberdade para atacar. Escalá-lo fixo à frente da zaga é, de certa forma, “matar” o seu melhor atributo. Luis Zubeldía sabe disso e quer um “cão de guarda” justamente para liberar Hércules para ser o motor criativo e ofensivo do time.
A lenta adaptação de Facundo Bernal
Sendo assim, o pedido do treinador joga luz sobre a situação de Facundo Bernal. Contratado em 2024 como uma das grandes promessas da base da seleção uruguaia, Bernal ainda não conseguiu engrenar.
Embora demonstre qualidade técnica com um bom passe longo, o jovem uruguaio peca na marcação e na intensidade física necessária para o futebol brasileiro atual. Para Zubeldía, o meio de campo precisa de mais “pegada”, algo que nem Bernal e nem Nonato (que substituiu Hércules em momentos recentes) conseguiram entregar com a consistência exigida.
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O perfil do reforço
O objetivo é buscar um jogador que traga segurança para uma defesa que, em 2026, precisará de proteção extra. Com a saída de lideranças e a renovação do setor, um volante de imposição torna-se o “para-choque” ideal para evitar que os zagueiros fiquem expostos em contra-ataques.
Sendo assim, o recado de Luis Zubeldía está dado: ele quer equilíbrio. E para ter esse equilíbrio, o Fluminense precisa de alguém que faça o “trabalho sujo” da marcação, permitindo que o talento técnico de seus meias e a explosão de Hércules decidam as partidas no último terço do campo.
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