Foco na obrigação de momento




FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

O Fluminense caiu na armadilha do Atlético-MG, que optou por jogar com a linha baixa para apostar nos contra-ataques. O primeiro tempo até foi movimentado, mas sem grandes chances para os dois lados. A equipe mineira achou um gol graças ao ato irresponsável do Lucca, que desistiu de marcar o Vargas tendo, inclusive, virado as costas para a jogada. É bem verdade que o Nino e o Marcos Felipe bateram cabeça na finalização do Nacho Fernández, mas o Lucca, na minha visão, foi o grande culpado.

O lado esquerdo do Fluminense foi uma grande avenida. Para piorar, o Egídio não acertou nada. Na direita, o Samuel Xavier também não convenceu. No meio de campo, a ausência de uma cabeça pensante para comandar a criação também pesou. Já o trio de ataque foi totalmente inoperante, porém, gostaria de ressaltar o seguinte: o Luiz Henrique apresentou séria dificuldade na tomada de decisões, porém, em diversos momentos, ele arrancou com quatro ou até cinco adversários em cima dele. O garoto parava nas proximidades da área, mas nenhum companheiro aproximava para receber e, consequentemente, dar sequência. Aí também complica…

No final da primeira etapa, o Fluminense conseguiu salvar o empate através de um pênalti corretamente confirmado pelo VAR, mas que certamente essa enjoada torcida do Atlético-MG deve ter chorado rios igual ao “Hulk Chorão”. Porém, não deu nem para respirar direito. Luiz Henrique vacilou feio no campo de ataque, e acabou gerando um contra-ataque mortal da equipe mineira, que conseguiu descer para o intervalo com a vitória parcial de 2 a 1.

Os primeiros vinte minutos do segundo tempo foram de amplo domínio do Atlético-MG. O Fluminense voltou com o estreante Jhon Arias no lugar do Luiz Henrique, porém, o Marcão manteve o terrível Lucca até os vinte minutos. É como sempre falo: não espero milagres, mas fazer o óbvio é obrigação. Quando bateu o vigésimo minuto, Nonato e Gabriel Teixeira entraram. 

Com as modificações, o Fluminense voltou a entrar no jogo. O time não fez nada de espetacular, mas pelo menos buscou o jogo. O Arias não ficou preso somente no lado esquerdo e tentou trabalhar a bola com rapidez na troca de passes, mas faltou mais movimentação do restante da equipe. Gabriel Teixeira deu algumas boas escapadas pela esquerda e o Nonato melhorou a armação de jogadas do meio de campo. O Fred  chegou a carimbar o travessão do Everson e o Marcos Felipe fez uma boa defesa em finalização do Guilherme Arana.

No último lance do jogo, Nino levou um soco do Eduardo Sasha dentro da área atleticana, mas o Daronco “pipocou” e o VAR fingiu que não viu, porém, o Hulk Chorão e a torcida mais chorona do país não falarão nada sobre isso…

A situação na Copa do Brasil ficou bem complicada, mas não dá para pensar nisso agora. O foco imediato é correr atrás do prejuízo no Campeonato Brasileiro, pois o estrago é grande. Buscar três vitórias seguidas em cima do Bahia, Juventude e Chapecoense é a obrigação de momento, pois fecharia o turno com 27 pontos.

Observações:

– A situação da lateral-esquerda é uma das maiores atrocidades da história do Fluminense. Egídio e Danilo Barcelos são um esculacho dos grandes com a cara do torcedor tricolor.

– A insatisfação do Nenê é escancarada. Colocá-lo em campo é fechar de vez o caixão do Fluminense.

– Não sei se o Arias rende melhor como meia ou pelas pontas. Só o tempo vai dizer. Porém, acho que seria válido testá-lo como meia de criação.

– Com base no que mostrou nos dois jogos contra o Atlético-MG, o Nonato já merece a titularidade.

– A nota do Fluminense sobre a saída do Kayky é constrangedora.

– Siga-me no Twitter através do perfil @ViniFLU18 (clique aqui)

Forte abraços e ST

Vinicius Toledo