Foi feio, muito feio…




Nenê (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)

Estávamos bastante empolgados com a vitória do Fluminense no Fla-Flu. Mas depois de uma goleada de 5 a 0 como essa, não tem como manter a animação ao menos por ora. A derrota para o Corinthians, um adversário direto no Brasileirão, fez jus àquela famosa expressão: foi um balde de água fria. E das bem geladas mesmo.

A insatisfação começou ainda antes da bola rolar na Neo Química Arena. Isso porque a comissão técnica optou, lamentavelmente, por deixar um assento vago no avião que viajou para São Paulo: não tivemos nenhum atacante de referência no banco. Além disso, com a manutenção do trio de volantes, André se juntou ao time sub-23 quando poderia ser titular no profissional. Com o mesmo time que entramos em campo contra o Flamengo, fizemos um primeiro tempo fraco mais uma vez. 

Algo que daria a tônica do jogo seriam os espaços deixados na frente da nossa área e do lado esquerdo da nossa defesa. Inclusive, logo aos 4’, em cruzamento vindo daquele lado, poderia ter aberto o placar se o garoto Calegari não tivesse se colocado entre a bola e o gol. Aos 17’ mais um lance pela esquerda que poderia ter terminado na nossa rede. Logo em seguida, demos a resposta com Michel Araújo, batendo por cima do gol em contra-ataque.

Aos 25’, o placar foi aberto após falha de Marcos Felipe, que deu uma de Muriel. Em cruzamento rasteiro, como sempre vindo da esquerda, o jogador corintiano bateu, o nosso goleiro fez o pivô e o Jô marcou sem dificuldades. Dois minutos depois, em dividida vencida por Yago Felipe, a bola sobrou para Fred, que bateu para fora.

Dez minutos depois, tivemos outra boa chance — talvez a última no jogo —, novamente com Fred ema ação. Após receber bom passe em profundidade de Yago, o camisa 9 levantou para a área, mas Michel Araújo não conseguiu completar para o fundo das redes. A partir daí, o time paulista continuou fazendo a festa em cima do Danilo Barcelos e aproveitando os espaços deixados pelo trio de volantes na frente da nossa zaga, mas o Fluminense já nem incomodava. Não fosse boa defesa de Marcos Felipe, que ainda contou com ajuda da trave, o placar na descida para o intervalo seria de 2 a 0.

Com Nenê e Lucca em campo, nas vagas de Hudson e Michel Araújo, o nosso segundo tempo já começou ainda mais desastroso. Após passe errado do vovô, o Corinthians encaixou um belo contra-ataque — nem vou falar mais por qual lado foi — que só parou teve fim quando Cazares ampliou aos 10’. O jogo poderia ter acabado aí, teria sido muito mais vantajoso para o Tricolor. Seis minutos depois, Fágner recebeu lançamento nas costas de Barcelos e encheu o pé. Assim como Vital fez depois de mais seis minutos, dessa vez da entrada da área. Outro. Por fim, até o Luan conseguiu deixar o dele enquanto o Barcelos se levantava após boa defesa de Marcos Felipe.

Uma atuação que beirou o péssima em todos os sentidos possíveis. É até surpreendente ver como um time consegue deixar tantos espaços na entrada de sua área jogando com três volantes durante todo um tempo. Fora a atuação do nosso lateral-esquerdo, que foi completamente envolvido pela dupla Fágner e Mosquito durante os 90 minutos.

Agora tudo o que nos resta é juntar os cacos o mais rápido possível, porque no sábado enfrentaremos o Sport com uma obrigação ainda maior de vencer. Mesmo assim, nada vai apagar o vexame que assistimos na noite desta quarta-feira (13). Foi feio. Muito feio.

Curtinhas: 

– Marcos Felipe deve seguir como titular. Para o Muriel voltar, só se o garoto levar mais uns 15 gols de rebote igual o ex-titular.

– Alguém se salvou? Acho que não, talvez o Fred…

– Eu sempre tenho a esperança de que a titularidade do Hudson pode estar perto do fim. Dessa vez, ele não teve nem a função de dar o primeiro combate, que foi de Yago muitas vezes.

– Agora serão quatro jogos totalmente acessíveis. Menos de dez pontos é inadmissível se quisermos seguir firmes na briga por uma vaga na Libertadores.

– Não dá para jogar no contra-ataque tendo dois jogadores lentos no meio. E a comissão deve saber disso.

Saudações Tricolores, galera!

Carlos Vinícius Magalhães