Escolha por Germán Cano para bater pênalti
“Foi basicamente o mesmo critério do jogo contra o Bangu. O Ganso é naturalmente o jogador que seria o primeiro batedor. Mas temos o Arias, o Cano, o próprio Keno. O Cano também bate pênaltis bem. Um cara que tenho total confiança. Ele não bateu com a chance de perder sendo grande, ele bateu com a chance de fazer sendo grande. Comigo, aqui no Fluminense, ele bateu duas e fez nas duas. Então, ele está com 100% de aproveitamento. Eu tinha muita confiança, o placar estava praticamente definido e se pudermos ajudá-lo individualmente, para o time é bom, para o Cano é bom, é bom para todo mundo. Se fosse outro jogador na mesma situação eu faria o mesmo. Não colocamos em risco o time não fazer mais um gol, fez para termos o privilégio de termos o Cano como artilheiro. Acho legal para o Cano e para o time termos o artilheiro.
O que mudou em relação ao primeiro jogo da semifinal?
“Para vocês, o jogo de Volta Redonda pode ter sido muito ruim. Mas para mim não foi. O jogo de hoje foi muito bom por eu achar que o jogo em Volta Redonda não foi muito ruim. O primeiro jogo contra o Volta Redonda, no turno, foi um bom primeiro tempo, mas no segundo tempo fomos muito mal. Esse time é um time que deu muito trabalho para o Flamengo, é um time que ganhou do Vasco. Deu trabalho para o Botafogo. Era o time com o melhor ataque do campeonato, que faz muitas transições. Estávamos jogando com uma equipe estruturada.
No primeiro jogo, eles fizeram o primeiro gol com um chute. O primeiro chute que deram a bola entrou. Depois fizeram um gol em um escanteio nosso, em um contra-ataque muito mapeado por nós. Depois fizeram um chute que o zagueiro fez uma condução rápida. Foi o que o Volta Redonda fez no jogo. Se tivéssemos virado para 3 a 2, que podia ter acontecido, o Marrony perdeu gol, o Samuel perdeu gol, o Cano perdeu gol… A gente fica muito preso na fala do resultado e pouco no que acontece no jogo. Tínhamos acabado de jogar com o Bangu, feito a melhor partida do ano, sem sombra de dúvidas, com pontas abertos. Aí o resultado não vem, as pessoas querem saber a solução.
Quase sempre quando todo mundo está falando a mesma coisa, dá errado. Quando é uma coisa muito clara para todo mundo, só o treinador que não enxerga. E não é isso. Os pontas abertos, eu já tinha visto que no jogo do Volta Redonda fazia parte da solução. Os laterais hoje jogaram um pouquinho mais por dentro, colocamos mais jogadores nas linhas da frente, foram várias coisas que fizemos ajustes. Tive trocas mais rápidas, jogar no Maracanã é diferente também, o campo é melhor, as dimensões um pouco maiores. Uma série de coisas para construirmos o 7 a 0. Mas a diferença é que não achei que o primeiro jogo foi um desastre. Teve muita coisa que corrigimos. ”
Foi uma atuação perfeita?
“Não foi perfeita. Nunca vai existir uma partida perfeita. Foi um resultado magnífico, um futebol apresentado também magnífico, mas não foi perfeito. Cometemos erros no jogo. E eu sou muito focado no jogo, mais do que no resultado do jogo. No jogo tem que fazer o que te interessa, o que você pode. O resultado, se você faz 2 a 0, aí você muda a forma de jogar? Hoje não fizemos isso. Boa parte do jogo fomos construindo o placar e ficamos concentrados. Já aconteceu até comigo aqui no Fluminense, de você fazer 2 ou 3 a 0 e passar a jogar de forma diferente. Você pega e macula aquilo que seu jogo tem que ser jogado. O Fluminense conseguiu jogar de forma muito séria, com bastante humildade. Uma das palavras chaves acho que é humildade, pois soubemos mapear e respeitar o Volta Redonda, para encarar da forma que eles mereciam.”
Lesão no rosto sofrida pelo goleiro Fábio
“Não teve nada grave com o Fábio. Ele teve que sair, pois não ia conseguir conter o sangramento sem sair para dar ponto. Não tem nada que preocupa. Ele está super bem, foi um lance casual, sem maldade, não teve nada. Acidente de trabalho mesmo.”
Entrada de Marcelo no lugar de Alexsander?
“Com o Marcelo não vamos perder o estilo de jogo ofensivo. Vamos ver se o Marcelo tem condição de estrear. O Marcelo está se dedicando bastante. Vamos aproveitar essas duas semanas para decidir. Mas é uma possibilidade.”
John Kennedy está nos planos para a sequência da temporada?
“É um jogador que no potencial eu acredito muito. Muito mesmo. Acho que é um menino que tem um comportamento, um moleque muito bom de coração, mas que, às vezes, comete equívocos. Eu acho que assim que ele resolver essa questão, ele tem chances de construir uma história brilhante no futebol. Vai depender dele. Vocês sabem que a minha vontade é sempre ajudar os jogadores. E o John Kennedy, meu coração está totalmente aberto para ajudá-lo de maneira especial, até onde posso ir.
Eu participei, inclusive, da ida dele para a Ferroviária. São amigos meus que estavam lá. Ele foi muito bem lá. Conversamos umas duas ou três vezes enquanto ele esteve lá. E o regresso dele é muito bem-vindo. Ele estava na relação por ter voltado muito bem, de uma maneira muito profissional. Cumprindo todos os horários, tendo comportamento exemplar. E ele como jogador eu não tenho a menor surpresa. Ele é um jogador que tem tudo para construir uma grande carreira. A gente espera que isso aconteça.”
Posicionamento de Jhon Arias
“O Arias vai jogar de acordo com o que o jogo pedir. Foi um dos grandes destaques do jogo. Quase sempre ele é um dos grandes destaques. Ele é um cara que tem muitas competências. Consegue jogar aberto por um lado ou pelo outro. Mais atrás, mais à frente. Para nós é um privilégio ter o Arias no time. É um dos grandes jogadores do futebol brasileiro. Esta é a minha opinião desde a minha chegada aqui. É um jogador digno de nota. Ele é muito completo e ainda tem uma estrada muito longa e brilhante para construir no futebol.”