Impacto da derrota para o Corinthians, jejum de vitórias e gols, apelo à torcida do Fluminense e muito mais: leia a entrevista coletiva de Eduardo Barros






Eduardo Barros concedeu entrevista coletiva na Neo Química Arena

Com a expulsão de Fernando Diniz no clássico contra o Botafogo, o auxiliar técnico Eduardo Barros concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Corinthians, na tarde deste domingo, na Neo Química Arena, em jogo válido pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. Confira abaixo todas as respostas:

Impacto da derrota para o Corinthians

“É saber passar pelo momento de dificuldade da temporada em que os resultados não vêm. Hoje é frustrante sair daqui com a derrota, mas ao mesmo tempo ver a produtividade da equipe nos dá clareza que estamos no caminho certo, que foi importante poupar na altitude e chegar hoje com uma equipe fresca para jogar como jogou, produzir o que produziu, com a intensidade de jogo que impôs, com criação de grandes chances de gol, com finalizações, com recuperações de bola no campo de ataque, sem deixar o adversário pensar.

O desempenho de hoje leva a equipe a vitórias, isso é seguro. Uma equipe que vai fora de casa, com um adversário correndo como correu, com o apoio da sua torcida, e você conseguir fazer um jogo de imposição como nós fizemos, só parece que é fácil de construir, mas é muito difícil. Ter um controle quase absoluto que tivemos no primeiro tempo, com o Corinthians chegando praticamente nas bolas paradas. Claro, tem intervalo, discussões de um lado, do outro, a falta do treinador hoje no vestiário, a sua energia, liderança, presença, o olho a olho com os jogadores… Eles não voltaram mal, o Corinthians melhorou, e o jogo se igualou.

Então página virada, o resultado foi ruim, o desempenho tem muita coisa positiva. Quinta-feira é outra história. Ainda será um pedaço dessa história muito bonita que o Fluminense tem construído em toda a temporada.”

Jejum de vitórias e gols

“Essa é uma pergunta fácil de ser feita (a falta de gols nos últimos quatro jogos), mas a resposta está longe de ser simples para problema complexo. Se os adversários realmente tivessem entendido como neutralizar o Fluminense, não teríamos conseguido 22 finalizações e, salvo engano, oito chances reais de gol. Não fomos eficientes hoje.

Talvez nos outros jogos tenha faltado mais entrosamento, na altitude, por exemplo, apesar dos efeitos na altitude. Nos faltou um pouco mais de profundidade contra o Botafogo, quando fomos muito eficientes para quebrar a primeira linha do Botafogo, mas pouco produtivo para poder terminar as jogadas. Finalizamos pouco (três vezes) se comparar ao que produzimos hoje. É uma questão que está no nosso radar. Essa equipe vocês conhecem a identidade do jogador, que é muito ofensiva, muito vertical, uma equipe que sabe controlar o jogo, criando situações de gol, como fizemos hoje. É um problema que, se Deus quiser, solucionamos em breve.”

Queda de rendimento no segundo tempo 

“Dado o controle que a gente teve no primeiro tempo, é natural que o adversário viesse com uma outra proposta, ao menos uma tentativa de outra proposta. Eles subiram mais a marcação e o jogo igualou. O controle não passou para o lado do oponente. E no momento em que o jogo estava igual, a gente ainda se encontrando com os melhores movimentos, em um lance isolado de um arremesso lateral a gente acaba cedendo o contra-ataque em uma bola que nós poderíamos ter evitado. E o contra-ataque gerou o chance de gol para o Corinthians após o bom cruzamento, com saída rápida, presença de área. Foi uma boa jogada do Corinthians que poderia ter facilmente evitado. Após o gol a torcida vem junto, a gente permanece igual, com posse e menos controle, e tem um momento em que nós reassumimos o controle e criamos oportunidades reais de gol, mas não fomos preciso em transformá-las em gols de fato. Já com a equipe com ímpeto de buscar o empate, acaba sofrendo o segundo gol, que é um risco que temos que correr quando está perdendo o jogo.”

10 jogos sem repetir o time titular

“É um fator que também interfere porque em momentos já importantes dessa temporada tivemos um time que conseguimos repetir. Repetir aumenta entrosamento, jogadores já se conhecem quase que pelo movimento, onde estão as melhores opções. Ano passado, em momento capital da temporada, a gente perde um jogador (Nonato) e demora um tempo para encontrar um novo encaixe. E sem repetir a equipe fica em uma busca permanente por esse melhor encaixe. Mas não pode ser desculpa. Nós temos que, com os jogadores que temos à disposição, fazer grandes jogos, como fizemos hoje. Por mais que não tenhamos conseguido repetir a equipe nesses 10 jogos, nesse intervalo existem grandes atuações. A de hoje foi uma grande atuação, infelizmente com a frustração do mau resultado. Mas mesmo com os desfalques a atuação é positiva, que para o vestiário os jogadores têm que estar com a cabeça fria porque esse tipo de atuação seguramente leva a melhores resultados.”

Apelo à torcida do Fluminense

“Pedido é para o torcedor seguir fazendo o que vem fazendo nesse pouco mais de um ano que chegou ao clube: apoiar a equipe em todos os momentos. O papel do torcedor é ser o nosso 12º jogador, combustível, nos empurrar como nos empurrou em momentos brilhantes que já vivemos nesse pouco mais de um ano. Não só no Maracanã, inclusive em jogos fora de casa. Hoje eles vieram aqui, nos apoiaram, a equipe correspondeu, e esse suporte nós vamos precisar não só na quinta-feira, mas em todos os desafios que temos pela frente.”

Lição aprendida com a derrota 

“A lição de hoje é a seguinte: se a gente está superior ao adversário e por algum motivo, que nós não controlamos, não conseguiu sair à frente do placar, tem que garantir ao menos um ponto. Tem que sustentar o resultado e levar pelo menos o empate. Se fizer isso na próxima partida, pelo menos vamos para a disputa de pênaltis. Agora, se mantiver a produtividade que tivemos hoje, tem chances de ter um melhor resultado.”

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Por Explosão Tricolor

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