A importância da juventude tricolor na democracia do Fluminense

Antigamente, ser sócio do Fluminense era algo inimaginável para a maioria da torcida tricolor. Em outubro de 1999, o clube lançou o primeiro sócio-futebol da sua história. Na época, o Fluminense conseguiu cadastrar 29.000 tricolores, mas somente 8.500 pagavam em dia. Dá para perceber que a falta de engajamento da torcida tricolor não é exclusividade da geração de hoje. Recentemente, o Fluminense resolveu dar um grande passo ao abrir as portas das Laranjeiras para a Democracia. No final de 2012, o clube retornou com o sócio-torcedor e concedeu o direito de voto aos associados da nova modalidade.

Vivemos num país onde o sistema age de forma cruel, pois ele manipula a massa com opiniões tendenciosas e distorce a história. As poucas cabeças pensantes são logo detonadas de forma avassaladora, pois elas podem representar o início de uma revolução. Imaginem, por exemplo, se tudo que está ocorrendo no Brasil neste momento, ocorresse na França? Um povo desenvolvido intelectualmente significa um problema sério para o sistema. A história do mundo nos dá belos exemplos. E o Fluminense com isso?

O Fluminense de hoje é bem diferente de outros tempos. Na última eleição, por exemplo, somente 2.500 sócios votaram. Considerando um quadro que contava com cerca de 15 mil sócios, podemos dizer que uma minoria andou decidindo a vida do clube nas últimas décadas. Na próxima, teremos o acréscimo de cerca de 8.500 sócios torcedores que terão o direito de votar pela primeira vez. Isso é muito bom, pois pela primeira vez na história, o Fluminense terá o seu fiel torcedor da arquibancada decidindo uma eleição presidencial. Viva a democracia no Fluminense!

Qual a importância da juventude tricolor neste novo cenário político do Fluminense? Toda! Muitos jovens se associaram e terão o direito de voto. É de extrema importância que a juventude tricolor ganhe uma consciência política através de leituras, pesquisas, informações, notícias e opiniões. O Fluminense é um clube bastante privilegiado que conta com grandes formadores de opiniões que militam intensamente através de sites e páginas do facebook. Como nem tudo é perfeito, há um ou outro que subestime a capacidade intelectual dos mais jovens e não poupa palavras na hora de censurar o discurso alheio. Normal, faz parte do processo, nem todos conseguem se adaptar às mudanças e acabam usando o passado para tentar mostrar uma patética superioridade que só existe no mundinho medíocre deles. Algo contra o passado? Claro que não! Na verdade, o passado tem que ecoar pela eternidade como uma espécie de bastão que deve ser passado de uma geração para outra. Ele é de extrema importância para a construção do futuro. O saudoso mestre Nelson Rodrigues já dizia: “Se queres saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória”.

Isso aqui não é discurso político ou qualquer outra coisa semelhante. É apenas um papo aberto para que todos possam refletir sobre o processo democrático tricolor e, principalmente, da importância que cada sócio terá na construção de um Fluminense mais independente. A rede social tem um poder bastante forte e deve ser utilizada de forma construtiva. A abertura democrática que existe no Fluminense da “era moderna”, faz com que não fiquemos somente presos na arquibancada gritando gol e cantando “Ô, Ô, Ô, Ô, Ô, Fluminense Eterno Amor”. A política tem que estar na veia de cada torcedor tricolor, mas sem entrar na arquibancada do estádio. A eterna história do duelo entre a situação e oposição, é o que menos importa, pois no final das contas, só pode existir um vencedor nesta disputa pelo poder: o Fluminense Football Club. Como já dizia o velho Nélson Rodrigues: “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará jamais.”

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Um recado para os jovens: jamais se sintam inferiorizados por qualquer “patrulhador” que venha tentar subestima-lo. Imponha-se!

2 – Sempre é bom aprender com a “Velha Guarda”. A coroada sabe das coisas! E quando há respeito entre os dois lados, fica ruim de segurar…

3 – Valeu, “vovô”!

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo