Já passou da hora de mudar, Fluminense!

Beleza, o Fluminense escapou do rebaixamento. Alívio? De certa forma, sim. Mas fica a pergunta: como será o nosso 2016? Pois é, como será o amanhã… Para piorar, sabemos que rolará eleição presidencial no final do ano que vem. Muito me preocupa, pois o futebol necessitará de uma blindagem especial para que não seja afetado por qualquer problema que possa ocorrer nos bastidores políticos do clube.

Analisando o atual cenário, digo o seguinte: estou muito preocupado com a próxima temporada, pois pelo que ando acompanhando, não estou conseguindo enxergar sinais de grandes mudanças, em especial, na política de conduzir o futebol tricolor. Espero estar bastante enganado! Sabemos de todas as dificuldades financeiras, mas a gestão de futebol brincou com a paciência do torcedor do Fluminense neste ano. Não deu para engolir a cambada de perebas enfiadas por empresários, que jamais deveriam voltar a realizar algum negócio com o clube depois do show de horrores que vimos ao longo desta temporada. Como explicar, por exemplo, o gasto de cerca de R$ 800 mil mensais com o Antônio Carlos, Henrique, Magno Alves e Wellington Paulista? 

Para quem acha que este texto é político, um aviso: não tenho rabo preso com ninguém da política do Fluminense e caminho de forma totalmente independente. Só exponho minha visão sem jamais fugir com a verdade. 

Podem falar mil nomes de jogadores e treinadores para 2016, mas enquanto a diretoria não profissionalizar o seu departamento de futebol, o clube continuará caminhando na direção das derrotas. Na época do antigo patrocinador milionário, o Fluminense conseguia fazer uma graça por causa da boa quantidade de craques contratados, mas mesmo assim, a gestão de futebol também deixava a desejar. E isso não foi exclusividade da atual diretoria, pois a anterior também deixou a desejar. Se muitos tricolores se contentam com os títulos nacionais conquistados entre 2007 e 2012, eu digo que poderíamos ter conquistado muito mais.

Que 2016 seja o ano da mudança no planejamento, direção, organização, estratégia e visão do futebol do Fluminense. Temos uma valiosíssima divisão de base, excelentes jovens no time principal e alguns jogadores experientes que ainda rendem bem. Na minha opinião, não é difícil formar um time competitivo, mas como eu disse mais acima, tudo dependerá dos responsáveis pelo departamento de futebol. Se eu fosse o responsável da área, faria o seguinte:

1 – Daria férias ao elenco agora com reapresentação no dia 28 de dezembro para ganhar uns 10 dias a mais de preparação.

2 – Contrataria um treinador de verdade: Cuca ou o Muricy Ramalho. Não tem dinheiro? Dispensa a perebada. Tem que pagar muitas rescisões? Tente negociá-los com outros clubes, faça empréstimo no banco, pegue uma parte das parcelas da venda do Gerson… Só digo uma coisa: precisamos de um treinador de verdade. Chega de apostas! Foram 4 em 2015. Se somarmos os salários destes caras com suas respectivas rescisões e dividirmos o montante por 12 meses… A Matemática não mente!

3 – Dispensaria o Renato, Artur, Victor Oliveira, Henrique, Antônio Carlos, Breno Lopes, João Filipe, Lucas Gomes, Wellington Paulista e Magno Alves. 

4 – Analisaria as situações do Gum, Edson, Osvaldo e Vinícius.

O Gum andou falhando bastante, mas o histórico dele no Fluminense mostra que quando um treinador ajeita o sistema defensivo do time, o nosso camisa 3 acaba funcionando. Neste ano mesmo, isso ficou provado com a entrada do Pierre. De qualquer forma, se tivesse que liberá-lo para contratar um treinador de ponta, eu não seria contra, afinal de contas, o salário dele beira na casa dos R$ 180 mil mensais.

Com relação ao Edson, é jogador novo, que já andou despertando interesse do Corinthians e do futebol inglês. Pode até ter cometido algum erro nos bastidores, mas não é nada inteligente marginalizá-lo e, principalmente, descartá-lo. O nosso volante em forma e com a cabeça tranquila, é um senhor jogador! 

Sobre o Osvaldo, eu insistiria com ele por mais seis meses pelo bom histórico que teve no São Paulo. Acho que com uma boa pré-temporada, o cara pode acabar deslanchando. 

Por último, o meu xará Vinícius, que foi o destaque do time no primeiro semestre, mas depois da lesão, acabou desandando totalmente. Apesar dos erros recentes, em especial, o fato de ter pedido para não jogar contra o Grêmio, confesso que acho válido sentar com ele e ter uma boa conversa. Se der para segurá-lo sem cometer loucuras, beleza, mas se não der, um abraço. Não é craque, mas em forma e com o contrato resolvido, pode ajudar o Fluminense.

5 – Caso a saída do Jean seja realmente inevitável, o Fluminense tem dois caminhos: arrecadar uma grana extra ou tentar trocá-lo por outro jogador. O Cruzeiro anda de olho nele e acho que uma troca pelo zagueiro Manoel seria um bom negócio. Tenho visto muitos tricolores pedindo o zagueiro Dedé, que vive no departamento médico mineiro há tempos. Sou contra!

6 – Time titular: Diego Cavalieri; Jonathan, Manoel, Marlon e Léo Pelé; Edson, Cícero, Gustavo Scarpa, Marcos Junior e Biro Biro; Fred. Time reserva: Julio César; Wellington Silva, Gum, Nogueira e Giovanni; Pierre, Douglas, Vinícius, Osvaldo e Robert; Samuel. Acho que estes dois times bem preparados fisicamente e com um treinador de verdade, rodariam sem problemas e com perspectivas de algum sucesso na parte de cima da tabela.

7 – Chutaria o balde no Estadual, mas sem dar a oportunidade da FERJ nos sacanear a ponto de sermos rebaixados. É preciso ter cuidado com essa história de largá-lo totalmente, pois a nossa imagem estará em jogo.

8 – Focaria a Liga Sul-Minas-Rio e os clássicos do Estadual. Copa do Brasil? Com toda sinceridade: sou mais a Copa Sul-Americana. Para disputar a competição continental, o Fluminense teria que ser eliminado da Copa do Brasil antes das oitavas de finais… Eu iria com tudo no mata-mata da Sul-Americana. Não é moleza, mas é menos difícil que a Copa do Brasil. Se entrar focado e com o time bem preparado, dá para sonhar com o título e uma vaga na Taça Libertadores 2017.

Ideias não faltam. O pior é que fico pensando o seguinte: os caras vivem e respiram o Fluminense 24 horas, será que ninguém consegue enxergar que o segredo do sucesso está num bom planejamento e na correta execução dele? Finalizando, 2013 foi humilhante, 2014 foi frustrante e 2015 foi decepcionante. Como será o 2016 do Fluminense?

Já passou da hora de mudar, Fluminense!

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Wellington Silva, Gum e Pierre tiveram boas atuações contra o Avaí. O gol do Gum foi estilo “Thiago Silva”!

2 – Que golaço, capitão! 

3 – E o destino do Vasco poderá ficar nas mãos do Fluminense na última rodada… Definitivamente, o mundo dá voltas… É o destino!

4 – Bela festa da torcida capixaba. O Fluminense tem que valorizar essa grande paixão do povo capixaba, que sempre jogou junto e esteve ao lado do clube nos piores momentos da nossa história. Espero que o Tricolor bata sempre o ponto no Espírito Santo. É obrigação! 

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor 

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