Parece sonho. Sempre que passo pelo Maracanã, muitos são os filmes que me vêm à cabeça. Muitas foram as vezes em que, ainda criança, acordava aos Domingos e perturbava o meu saudoso pai, perguntando: “Quanto tempo falta para irmos pro jogo?”.
Desde criança, percebia que aquilo era mais do que um simples programa de final de semana.
Era uma relação quase siamesa entre Fluminense e Maracanã.
O cheiro do Maracanã era diferente em dias de jogos do Fluminense.
A ansiedade que tomava conta de mim era potencializada na chegada ao estádio, que ocorria sempre com bastante antecedência, porque ver a camisa do Fluminense percorrendo o gramado era algo inexplicável.
E eu queria ver as preliminares: Muitas vezes, categoria júnior. Em outras, os masters do Fluminense.
E como era bom, eu poder olhar bem ali, na minha frente, os jogadores que vestiram esse manto na época em que meu pai tinha a minha idade. Tive o privilégio de ver Paulo Cesar Caju, Rivellino, Pintinho, Torres, Paulo Goulart, Samarone, Gerson, dentre muitos outros. Embora já aposentados, todos eles me remetiam a uma época na qual infelizmente eu não era nascido.
E como era bom chegar às 14h no Maracanã, comer aquele cachorro quente do Geneal, e sentir o coração disparar com os com os tambores e toda a bateria, com os cantos da torcida do Fluminense, que aos poucos chegava para a partida principal.
Atualmente, vejo o Maracanã… muitas coisas estão diferentes. Aqueles magos, craques, já não estão mais no campo. Já não posso mais sair por cima da arquibancada e olhar a estrada de ferro, ou do outro lado, o Maracanãzinho, nos intervalos, para aliviar o nervosismo. Tudo mudou.
Mas existem coisas que nem o tempo, e nem a arquitetura mudam.
Nossas festas estão imortalizadas. As inovações e reinvenções de nossa torcida, continuam acontecendo.
O Maracanã sem o estridente e temeroso grito de NEEEEENNNNSSSSEEEEEE quando nosso time dá sufoco, é um museu vazio, sem eco.
Consigo fechar os olhos e rever os desfiles de nossas centenas de bandeiras, entrando pelos túneis inferiores das arquibancadas ao som de “…Tá chegando a Playboyzada….” e causando estarrecimento nas torcidas adversárias. Elas não paravam de surgir! Em seguida, vinham os bandeirões! Eram lindos! Por fim, o pó de arroz que começava nas arquibancadas e chegava no gramado, contagiando os nossos, e amedrontando os demais.
Nossa torcida é foda! Nossa torcida não se apavora, porque sabe que bastam os últimos 10 segundos de uma partida, para ganharmos um campeonato. E no Maracanã, muitas foram as vezes nas quais isso aconteceu.
Portanto, existe uma química interminável entre o Maracanã, a torcida do Fluminense, a emoção e a superação.
As duas primeiras palavras que citei nesse texto foram: “Parece sonho”. E de fato parece. Mas não é!
Como diria o grande tricolor Lulu Santos: “… Eu tô voltando pra casa, outra vez…”
Daniel Coelho
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