Levir Culpi manda a real em entrevista ao comentar sobre interferências nas escalações




Levir Culpi sempre de bom humor, mas não é de fugir da didvidida
Levir Culpi sempre de bom humor, mas não é de fugir da dividida (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

O treinador Levir Culpi chegou ao Fluminense com a banca de colocar ordem na casa. Com apoio de grande parte da torcida, o novo comandante inicia o seu ciclo nas Laranjeiras cheio de disposição.  Em 2014, no Atlético-MG, não teve medo de barrar Ronaldinho Gaúcho, astro do time. Indagado se faria o mesmo com o Fred, caso fosse preciso, Levir Culpi não fugiu da dividida:

— Mas é claro! Quando um técnico assina um contrato com o Fluminense, já está incluído: ele vai comandar o time. Só isso. E no contrato do jogador está que ele vai jogar. É simples — afirmou o treinador, que admitiu haver interferência no trabalho dos treinadores brasileiros:

— É que as coisas vão tomando uma dimensão em que, de repente, os jogadores escalam, o presidente mexe no departamento médico, o departamento médico opina sobre o time… Tem muito isso no Brasil – disse Levir Culpi.

Levir Culpi também tem histórias engraçadas para contar sobre a época em que era jogador de futebol. Ele citou uma que ocorreu em 1975, quando veio ao Rio de Janeiro pelo Santa Cruz para atuar contra o Flamengo.

— Vim jogar no Rio em 1975, pelo Santa Cruz, contra o Flamengo. Na véspera, o Paulo Emílio (treinador) levou a gente para o teatro. Olha, levar para o teatro era estar muito à frente do seu tempo. Fomos assistir a “Gaiola das loucas”. Num momento da peça, o Jorge Dória diz: “Sou gay assumido! Não sou desses enrustidos, como o Levir, como o (Luiz) Fumanchu (ex-jogador)”. Pqp! Quando ele falou aquilo, eu quis entrar debaixo das cadeiras – disse Levir Culpi, dando boas risadas.

O comandante tricolor admite que nem tudo em sua trajetória deu certo por conta somente do talento. Não à toa o título de seu livro é “Um burro com sorte?”.

— Eu me considero um burro com sorte. E também os outros que chegaram ao mesmo patamar que eu. Ou até acima. Todos tiveram sorte. Muita — assegurou Levir Culpi.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Extra