
Lima, um brasileiro (por Lindinor Larangeira)
Vinícius Moreira de Lima, mais conhecido como Lima, poderia ser um porteiro cearense. Aquele trabalhador que deu duro para formar os filhos na universidade, e chamá-los, com orgulho, de “doutores”. Talvez um bailarino, egresso de uma pequena cidade do interior catarinense, vivendo em Joinville e sonhando em brilhar no Bolshoi.
Quem sabe um policial militar, combatendo o crime na capital paulista, cidade onde poderia ter nascido. Ou um agente da Polícia Civil de Sergipe, agora natural da aprazível Aracaju, lotado na Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal. Caso fosse belorizontino, um bombeiro militar, atuante nos desastres ambientais de Mariana e Brumadinho.
Se tivesse nascido em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás ou Tocantins, na agricultura, produzindo alimentos para a população. Por que não?
Se chegasse ao mundo no Norte do País, biólogo e ambientalista, na defesa do bioma Amazônico. Quem sabe seria o seu destino?
Carioca? Talvez um ator. Do Grupo Nós do Morro, vendo a Cidade Maravilhosa de cima. Lá do Morro do Vidigal.
Esse brasileiro, que já andou pela Espanha e pelo mundo árabe, embora tenha a cara de todos os estados do país, nasceu mesmo em Porto Alegre, capital do bravo povo gaúcho.
Lima, em campo, é um trabalhador. Um operário fundamental para os resultados da equipe. Um jogador tão discreto, quanto útil.
Lima? Nunca critiquei!!
PS1: Antigamente, a gente chamava jogadores assim de “carregadores de piano”.
PS2: Posso até já ter criticado o Lima, mas a torcida tricolor, não criticarei jamais.
PS3: Para a Flapress, não foi o Fluminense quem ganhou: foi o Flamengo quem perdeu…
PS4: Era mesmo o Claus apitando? Difícil de acreditar.