Lúgubre




O Fluminense não pode ficar calado! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
O Fluminense não pode ficar calado! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
O Fluminense precisa reagir! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Estimados leitores. Antes de comentar rapidamente sobre o jogo de ontem, relembro-os que, como já lhes havia alertado na última coluna, nosso campeonato começou na 13ª Rodada, ocasião em que empatamos com o Coritiba, em Volta Redonda. 

No jogo de ontem, pela 14ª Rodada do Brasileirão, mais um empate frente ao fraquíssimo time do Vitória. E passaremos perrengue com os demais da parte debaixo e intermediária da tabela.

A minha projeção, partindo da máxima de que os nossos jogadores tivessem um mínimo de vergonha na cara – ainda mais porque estão com os salários em dia – seria somarmos 18 (dezoito) pontos, em 08 (oito) confrontos, que poderiam garantir a nossa permanência na Série A, definitivamente, abrindo caminhos para sonhos posteriores, dependendo dos resultados dos outros clubes.

Entrementes, lamentavelmente, restou evidente, nessas duas rodadas, acrescido de mais um vexame por nós protagonizado na Copa do Brasil, no humilhante empate no confronto de ida com o Ypiranga, que a nossa briga, indene de dúvidas, será para evitar o descenso.

Neste eito temos que fazer daqui para frente projeções fulcrais neste final de Primeiro Turno e início do Segundo Turno, a saber:

  1. a) entender que Edson Passos tem que ser, definitivamente, a nossa casa até o fim do Campeonato Brasileiro 2016 e, quiçá, igualmente em 2017 (não temos torcida, nem média de público e muito menos sócios torcedores suficientes para sustentar um estádio cuja despesa média mensal beira os 02 milhões de reais, se bobear mais, bastando contabilizar a nossa média de prejuízo desde 2013), não podendo mais a diretora ficar perdendo tempo para angariar alguns trocados e, de forma esdrúxula e irresponsável, abrir mão de valiosos mandos de campo, ainda mais num campeonato tão competitivo e nivelado por baixo, para jogar em Brasília, Manaus, Cariacica etc. Trocados sim, pois quem gasta 300 mil com Pierre, 500 mil com Cícero e 350 mil com Osvaldo, mais 300 mil com Dudu, Maranhão e W. Matheus, certamente não está com problemas financeiros;
  1. b) Ter em mente que será fundamental para a nossa sobrevivência vencer Cruzeiro, Ponte Preta e Figueirense nesse Primeiro Turno que já foi, e começar o Segundo Turno vencendo o América Mineiro, por se tratarem de jogos com nosso mando de campo aqui no RJ e, se todos forem em Edson Passos, a nossa grande torcida da Baixada Fluminense garantirá casa cheia, dando aquela força que lhe é peculiar. E se acontecer de Edson Passos ser obstado, como corolário da sistemática incompetência e inércia dessa Diretoria, entender que a segunda e única opção para jogarmos fora do Rio só pode ser Juiz de Fora, posto que comprovadamente é o local onde temos maior concentração de torcedores do Fluminense, fora do RJ, sendo certo que há muito nos apequenamos noutros Estados. E Volta Redonda nunca mais!

O meu sentimento em relação ao Fluminense é de um futuro lúgubre. Explico.

Reparem que já estamos no mês de julho, com inúmeras especulações em torno de vários jogadores que, se eventualmente chegarem (perdi as esperanças), até se adaptarem ao clube e entrarem em forma, o ano já terá terminado. E na hora H, aparece sempre um desconhecido, uma promessa, ou um jogador olvidado um lugar do mundo.

Definitivamente não há como acreditar numa diretoria que gasta 10 milhões para adquirir 50% de uma promessa que é o Richarlison, tendo dúvidas em gastar quase que igual quantia para ter 100% do Romero que, há mais de 03 (três) anos, é realidade, sem contar que ainda vende a ilusão do CT, sem mostrar os inconvenientes do que é uma concessão especial de uso. Sim, o nosso CT, não é nosso. Simplificando sem adentrar em aspectos jurídicos que ficarão para outra oportunidade, temos o direito de usar o espaço cedido pelo Município do Rio de Janeiro onde o “nosso CT” está sendo construído, pelo prazo de 50 (cinquenta) anos – atualmente, 47 (quarenta e sete) anos, pois o ato oficial de publicação dessa concessão pela Superintendência de Património Imobiliário do Município do Rio foi publicado no Diário Oficial do dia 20 de março de 2013 – podendo esse período ser prorrogado. E se não for? 

Aí revitalizar Laranjeiras que é de nossa propriedade não querem? Complicado. (sobre isso, já escrevi, para quem interessar o tema “destombamento das laranjeiras, verdades e mentiras”, disponível lá no site do Explosão Tricolor, no link “nossos colunistas”).

Bom, sobre o jogo de ontem, como já venho explicitando por aqui, exaustivamente, não vencemos porque não temos volantes de qualidade na saída de bola. Sempre o mais do mesmo: quando achamos que Edson e Douglas vão ter uma sequência e evoluir, sempre acontece algo para voltar o Pierre e o Cícero ser recuado. Sem Edson, o time é sempre mais do mesmo, pois não temos jogadores de qualidade para o meio de campo. E o banco não existe. 

Ficamos em campo com Douglas e Cícero de volantes o jogo inteiro, sendo que, com eles, terminamos com Richarlison, Samuel, Marcos Junior, Maranhão! O que é isso; 4-2-4? Não, é falta de qualidade mesmo, e o Levir não tem muito o que fazer quando os outros são Magno Alves, Dudu, Giovanni e Osvaldo. Resultado: perrengue de sempre, com os resultados de sempre. A exceção do Marcos Júnior, dos demais jogadores de frente finalizam muito mal, todos eles.

Mas fica um adendo: não temos que “apoiar” esses jogadores em nada, e sim tempos que apoiar o nosso Fluminense quando ele entra em campo, com quem quer que seja.

Em Edson Passos, tem que ser e será assim, se Deus quiser. No final de cada jogo, prezados, pouco importando o resultado quando terminar a partida, podem soltar o verbo à vontade e perseguirem quem bem entenderem, dentro dos ditames da legalidade e dos deveres gerais de cautela.

Antes e durante o jogo, caros leitores, jamais, pois ressalto que é o nosso Fluminense quem estará em campo. É ele quem está morrendo, pouco a pouco, sob vários aspectos negativos que essa Diretoria conseguiu ter a proeza de fazer, com planejamento zero, sem contar que já são parcos os torcedores que irão apoiar o nosso amado clube nas arquibancadas. Jamais se esqueçam disso.  

Rápida Triangulação:

– Sinceramente, para esse ano me darei por satisfeito caso o time não seja rebaixado, pois já conseguimos a façanha de sermos Campeões da Primeira Liga. E com o pensamento em 2017, caso agasalho do Papai Noel realmente existir, fazendo aparecer nas Laranjeiras um pacote com Romero, Rojas e W. Silva, juntando-se ao Henrique Ceifador cuja contratação considero de boa valia, já será um bom começo, devendo a nova diretoria que assumir o clube focar na contratação de dois volantes de nível, pois o futebol moderno não comporta mais volantes sem recursos do tipo “cão de guarda”. Estamos sentindo isso na pele.

– Triste saber que temos um belo Centro de Treinamento de Xerém, com boa estrutura, todavia sem ter os “moleques de Xerém” que, a bem da verdade, pertencem a empresários que fazem o que querem nas Laranjeiras, sendo certo que, quando temos algo, limita-se a 30% ou 40% dos direitos econômicos, no máximo. Algo de muito grave vem acontecendo com as categorias de base do clube que, curiosamente, na prática, não nos pertence. Vejam que pagamos 10 milhões para ter 50% do Richarlison; mas só temos 40% do Gustavo Scarpa. Temos e não temos dinheiro? Como é isso?

– No meio de tanta conturbação, uma grande alegria! Estive nas Laranjeiras na 6ª feira passada, na parte da tarde, com a minha esposa, para fazermos o recadastramento de sócios. Lá na porta da Secretaria Geral de Administração, depois da estátua do Castilho, foi instalado um stand de vendas da Dry World, exatamente em frente à vergonhosa Fluboutique.  Enquanto esta estava, como sempre, vazia, sem nada, entregue as baratas, com os atendentes de sempre que mais parecem torcedores de clubes rivais (atendem mal e sempre colocam na conta do clube a ausência de produtos porque eles “não chegaram como noticiado”, o que é, e sempre foi, uma mentira, pois desde a época da Adidas nunca tiveram nada. Tanto é que o resultado são duas lojas praticamente ao lado, o que mostra mais uma bagunça na administração interna do clube), o stand estava cheio, vendendo de tudo e mais um pouco. Para o público feminino, por exemplo, que nunca consegue achar nada, até roupa de ginástica do tipo Cross Fit, Legs, Tops, Musculação e Running tinha, como ainda têm, além das camisas femininas, com todos os tamanhos, exclusivos da Dryworld. O material esportivo da Dry World, incluindo aí as roupas masculinas, femininas e as oficiais do Futebol, ao meu ver, são bem superiores ao da Adidas. Ao menos minha esposa e inúmeras outras mulheres disseram o mesmo, alegando vestirem muito bem, ser marcar o corpo e, justamente porque são do padrão Canadense, possuem variadas numerações (GG, por exemplo, equivale ao G), inclusive para bebês. E em relação às masculinas, além de estarem bem bonitas, possuem uma vestimenta e qualidade superiores as que nos foram entregues pela Adidas nos últimos cinco anos, apenas não superando a de manga comprida tricolor de linha de 2010. Nas demais, dá um banho de qualidade. Uma boa oportunidade não só para comprar produtos oficiais, como também conhecer o clube internamente e, eventualmente, se associar (e tirar um escárnio com o pessoal da Fluboutique, com o incompreensível olhar de desdém quando visualizam a cada tricolor comprando e muito produtos oficiais) será a Flu Fest 2016, no dia 23 de julho, sábado. Quem puder, não deixe de ir, pois haverá uma programação completa ao longo de todo o dia para todas as faixas etárias e, à noite, encerrando a celebração, uma grande festa no salão nobre com show da banda Blitz e Dj tricolor Marcelo Janot.   

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

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