Mais futebol e menos apito?




Juiz
O juiz prejudicou, mas o Fluminense tem que jogar mais bola (Foto: Divulgação)

Tá bom! Todos nós já sabemos que o juiz meteu a mão no Fluminense, que Grafite é um grande artista e que o gramado do Raulino de Oliveira deveria ter recebido cartão vermelho pelo pênalti que cometeu no atacante do “Santinha”. Mas já deu! Bola pra frente!

Antes de continuar a trabalhar com a ideia de que futebol é mais bola no pé e menos apito na boca, vou me apresentar: meu nome é Evandro Ventura e sou mineiro de nascimento e também de coração. Sou fã de pão de queijo, fogão à lenha e comida gordurosa. Desde a concepção, porém, sou tricolor. Por essas coisas que só acontecem com quem torce pro maior do Rio, o Fluminense é uma dádiva de nascimento que deve ser cultuado durante toda a existência. Algo que apenas o “Sobrenatural de Almeida” consegue explicar. Decidi ser torcedor de time nacional. Deixei de lado os regionais Cruzeiro e Atlético, eternos aspirantes a time grande.

Voltemos ao jogo. O erro absurdo da arbitragem em nada retira o brilho da organização tática do time de Milton Mendes. Ele conseguiu anular, na maior do tempo, as jogadas do ataque do Fluzão. Até mesmo a atuação em velocidade do limitado, mas voluntarioso, W. Silva foram paradas pelo sistema tático do treinador do Santa Cruz. Os gols do Fluminense, de bola parada, deixam claro que o jogo não foi fácil.

Em compensação, analisando o Flu, percebemos que ainda há uma divisão muito grande entre as linhas tricolores (aleluia! Temos linhas em campo). Atuam muito distantes uma das outras e facilitam as jogadas dos times adversários. A zaga (sempre ela!) está melhorando sensivelmente, assim como todos os demais setores após achegada de Levir Culpi. Mas ainda falta aquele algo mais. Certamente não é o apito amigo.

Analisando as informações contidas no site footstats, observamos que o Fluminense teve mais pose de bola (57% x 43%). Teve ainda maior número de cruzamentos, sendo 11 certos e 18 errados. Isso mesmo: 18 cruzamentos errados. E não foram por causa dos escanteios, já que neste quesito ganhamos apenas de 6 a 5.

Aí fica a pergunta: a culpa é somente da arbitragem? Claro que o pênalti não existiu, mas e se o Flu tivesse conseguido ser mais envolvente e buscado o gol com mais qualidade? Certamente o quesito “juiz” não seria a tônica da semana. 18 cruzamentos errados? Cruzes!

E tem mais: assim como acontece no futebol, acontece na vida. O juiz sempre é aquele a quem se tenta enganar. No direito, o réu pode mentir para enganar o juiz; no vôlei, o jogador pode simular que a bola não desviou no bloqueio quando, na câmera lenta, observa-se que o dedo “mindinho” do sujeito quase encontrou com a parte de trás da mão; no trânsito, principalmente no Brasil, uma ultrapassagem em faixa dupla vira o famoso “por que aqui não é permitido passar?”. Enfim, é um tal de “enganei o juiz e me dei bem” que macula a própria imagem do país.

Por estas bandas mineiras, cruzeirenses e atleticanos estão acostumados a reclamar da arbitragem em tudo. Conheço gente que fala do Armando Marques até hoje na vitória roubada do Vasco sobre o Cruzeiro na final do Brasileiro de 74. Mas tricolor não é assim; e se jogarmos futebol, não precisamos ser assim.

Nós, tricolores, somos superiores à arbitragem. Sem mi-mi-mi lutamos contra todos e almejamos sempre o título. Concordem os adversários ou não, sempre entramos como favoritos e nossa principal característica é jamais abaixar a cabeça diante de cenas patéticas como a de sábado. Espero que os jogadores também pensem assim.

Seria esperar demais que algum jogador brasileiro fizesse o que ocorreu no confronto entre Nürnberg e Werder Bremen, pela Bundesliga de 2014 (o campeonato alemão por lá). O meia Aaron Hunt, do Werder, entrou na área, chegou na bola antes do zagueirão, mas se jogou. O árbitro marcou o pênalti, mas logo foi corrigido pelo jogador, que admitiu não ter sofrido a falta. Um belo exemplo de fair play!

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. É sério que o treinador do Santa disse que o Grafite não simulou? É mais artista que seu atacante.
  1. Quem é Irven Ávila?
  1. Rafinha era excelente jogador no Coxa. Se tiver em forma, um ótimo reforço! Dudu também não fica atrás.
  1. O Footstats disse que o Fred finalizou quatro vezes ao gol. Todas erradas. Credo!
  1. Grafite caiu e olhou pro juizão como quem diz: “vai marcar não?”. Batata! Bola na cal. Artista!

Evandro Ventura / Explosão Tricolor

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