Marcos Paulo, Ganso e Nenê atuando juntos, conversa com Caio Paulista, boa campanha no Brasileirão e muito mais: leia a entrevista coletiva de Odair Hellmann




Odair Hellmann (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Comandante tricolor concedeu entrevista coletiva após vencer o Athletico-PR

Após a vitória do Fluminense por 3 a 1 sobre o Athletico-PR, na noite deste sábado (05), o técnico Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva no Maracanã. O treinador tricolor falou sobre o triunfo diante do time paranaense, atuação de Marcos Paulo, conversa com Caio Paulista, boa campanha no Brasileirão e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Vitória sobre o Athletico-PR 

“O jogo teve dois momentos distintos, que foi o “11 contra 11” e o depois da expulsão. Mesmo no “11 contra 11” e mesmo saindo atrás do placar, a jogada de perigo talvez tenha sido só o gol. Mesmo no primeiro tempo, nós já tínhamos tido o pênalti para empatar, criado situação até para abrir o placar. E mesmo com a adversidade de não fazer 1 a 1 no pênalti, a equipe teve maturidade, tranquilidade e equilíbrio para continuar jogando e produzir as situações de jogo.

A equipe foi madura, equilibrada, e depois, quando teve a superioridade numérica, se impôs em todos os aspectos dentro do campo de jogo. O time que tem um jogador a menos, às vezes sofre menos, às vezes sofre mais. Hoje o Athletico não conseguiu jogar, não conseguiu criar situações, porque nós continuamos ou até melhoramos o aspecto de manutenção de posse, com paciência de desequilibrar a equipe adversária de um lado para o outro, de encontrar espaços por dentro e por fora, porque eles baixaram as linhas de marcação, fecharam o centro do campo.

Nós tínhamos que ter paciência, não lentidão, mas paciência para desequilibrar esse sistema de bloco muito fechado, muito compacto e, por isso também, as opções de jogadores que fiz hoje para que a gente pudesse, através de passes, movimentos curtos, fazer essa superioridade no placar. E foi assim que a equipe fez. Foi uma partida soberana em todos os aspectos.”

Atuação de Marcos Paulo

“É claro que quando você faz dois gols numa partida, uma partida tão importante, acaba chamando toda essa atenção. Mas ele já tinha feito grandes jogos anteriormente, hoje fez mais um. E que bom foi numa grande vitória do grupo, do time. Como eu sempre acredito no processo coletivo, mais uma vez fez a diferença para que ele e outros jogadores pudessem render como renderam hoje.”



Melhor posicionamento para Marcos Paulo

“Sobre a função e posição do Marcos Paulo, ele tem possibilidade realmente de jogar nessas funções (lado de campo e como falso 9), talvez com um pouco mais de dificuldade de jogar de centroavante. Ele tem uma característica de vir no entrelinhas, buscar o espaço para receber esse passe e fazer a movimentação, o penúltimo passe ou até uma finalização. Ele não é aquele cara que, quando joga de 9, vai brigar lá pela bola aérea, primeira bola. Não tem essa característica. Então a gente tenta tirar o máximo o jogo desse aspecto, quando ele joga por dentro. Às vezes precisa desse movimento. Mas nesses outros movimentos, ele tem facilidade e vai crescer muito ainda. É um jovem jogador de potencial muito grande. Tem uma margem de crescimento muito grande. Vai evoluir muito ainda.”

Convocação de Calegari para a Seleção Brasileira Sub-20

“É uma coisa que vamos conversar mais à frente. Mas se o Calegari for para a Seleção, nós temos também o Daniel. Confiamos no Daniel. É mais um jogador das categorias de base que se tiver oportunidade vai mostrar seu talento, sua qualidade, como esses estão mostrando. A gente tem confiança total no grupo, nos meninos do sub-23. E futebol às vezes é oportunidade. Talvez falte uma oportunidade para o Daniel.

Claro que a gente gostaria de contar com o Calegari, mas também não dá para ficar toda hora que os jogadores são convocados tirando essa possibilidade de ir para a seleção brasileira. Eles também querem ir para a Seleção. Também é um jogo individual. Mas a gente vai saber administrar essa situação toda, para que seja o mais importante o Fluminense no aspecto final.”

Marcos Paulo, Ganso e Nenê atuando juntos

“O primeiro movimento que nós precisávamos era fazer a tentativa dentro de uma variação tática. Com posicionamento do adversário baixando muito as linhas, fechando o centro do campo, compactando essas linhas, não eram de velocistas (que precisávamos). Eram de jogadores dribladores, de enfrentamento no “um para um” ou de jogadores técnicos, de penúltimo passe, de passe de definição, de passe de infiltração.

Também coloquei um centroavante para ter um definidor. Não adianta ter essa amplitude e não ter o definidor. É uma luta de boxe. Para você conseguir produzir e vencer o adversário nesse aspecto de organização que eles estavam, você precisa trocar e variar os movimentos. Um vai fazer amplitude e definição por cruzamento. O outro vai fazer uma infiltração curta. Outro vai fazer uma tentativa de passe por dentro em um desiquilíbrio de tabela, de infiltração.

E esses jogadores, Marcos Paulo, Nenê e Ganso, dão essa característica. Eu fiz esse primeiro movimento, dei um tempo para que a equipe se encontrasse, se entendesse, e faria um segundo movimento de jogadores de um para um, caso a gente já não tivesse virado o jogo, porque daí precisaríamos acrescentar também o jogador do drible, para quebrar a marcação e desequilibrar. A gente já conseguiu fazer o placar com essa característica.”

Pouca utilização de Miguel

“O Miguel é um jovem jogador. Dentro da função dele, nós temos outros jogadores que estão performando: Ganso, Nenê, Marcos Paulo. Ele tem boa característica de drible, é inteligente, tem qualidade. É um grande jogador, é um jovem com potencial excepcional, que vai galgar o seu espaço aos poucos, como está acontecendo e como outros jogadores, como Luiz Henrique, Martinelli, André, Daniel, Luan. Tenho certeza que também vai surgir oportunidade para o Miguel. Claro que nessa função tem mais jogadores e jogadores performando, então acaba que a gente não consegue oportunizar muito.”



Conversa com Caio Paulista

“Eu já tinha dito uma vez que nessa função tem muitos jogadores. O Caio fez gol importantíssimo na vitória contra o Inter e eu não coloquei o Caio hoje. E eu saio daqui com meu coração partido de não colocar o Caio no jogo. Antes de terminar, eu disse: “Caio, eu queria uma oportunidade para o Miguel, colocar ele um pouco no jogo para mostrar para ele que ele faz parte do grupo, que ele é importante, que é um processo a percorrer”. Mas tenho certeza que o Caio saiu muito chateada e com todo direito, porque ele vinha performando bem, vinha sendo decisivo. Foi decisivo contra Atlético-MG, Internacional. Para oportunizar um pouco o Miguel, como tenho feito com todos os meninos da base. E assim acho que é o processo.”

Críticas vindas das redes sociais

“Na rede social tudo pode, né?! As pessoas ficam escondidas atrás de um computador. E às vezes se dizendo torcedor do Fluminense, mas com certeza não são, porque só atrapalham. Atrapalha o ambiente só falar coisa negativa. Aí quando acontece a derrota, aquilo tudo se potencializa, o que não deveria acontecer. Não deveria nem ter voz esse tipo de situação. E dar ênfase ao verdadeiro torcedor.

Não que o torcedor não tem direito de cobrar, de criticar, pelo contrário. Eu estou falando de uma parte bem específica, não estou falando do torcedor. Estou falando de uma parte específica da internet, de um processo ruim. Ruim não só para o futebol, mas para as pessoas. As pessoas estão se digladiando, se rivalizando, se acusando… Estão numa briga, acabando com as reputações das pessoas. E aqui não é diferente. Tem um grupinho que só faz isso e se diz grande torcedor do Fluminense. Não sei se ele não se dá conta que ele só prejudica.

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Por Explosão Tricolor

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