Mário Bittencourt explica decisão de deixar o grupo de WhatsApp da FERJ




Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.



Presidente tricolor afirmou que o Fluminense foi alvo de constantes ataques e ameaças

Em entrevista à Rádio Globo, na noite desta quinta-feira (04), o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, explicou sua decisão de deixar o grupo de WhatsApp criado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) para discutir o retorno do Campeonato Carioca. O mandatário afirmou que optou por sair do grupo após o clube das Laranjeiras ter sido alvo de constantes ataques e ameaças. O dirigente tricolor ainda reforçou sua posição contrária à retomada do futebol neste momento.

– Esse foi um grupo criado logo no início da paralisação pela Ferj e discutimos lá sobre a questão da continuidade do campeonato, das férias coletivas e sobre o acordo da redução salarial. Só nas últimas semanas é que veio a pauta do retorno. A federação tentou criar um ambiente para forçar a volta do torneio e o Fluminense sempre deixou muito clara a sua posição. Enquanto o debate foi feito na medida do respeito e da razoabilidade, participamos. Mas quando Flu e Bota (clubes que têm posição contrária) passaram a ser hostilizados de maneira velada no grupo, com centenas de matérias defendendo o retorno das atividades diariamente, achei melhor sair. Ainda aconteceu uma situação chata de ameaça de W.O caso nos recusássemos a ir à campo. Veja bem, não queremos ir a campo porque somos contra horário do jogo, local, nada disso. Essa não é uma situação corriqueira. Enfrentamos o maior problema da história da humanidade nos últimos 100 anos. Então não deveria ter um movimento de aplicar pena esportiva para um clube que quer preservar seus atletas. Entendi como uma ameaça. Mesmo assim, eu ainda fiquei no grupo. Depois, as hostilidades deixaram de ser veladas e passaram a ser diretas ao meu ver. Postaram uma notícia falando dos atrasos salariais no Botafogo, insinuando que esse seria o motivo para que o clube não quisesse o retorno, e também uma foto do presidente da Cremerj, que também emitiu uma nota sendo contra o retorno das atividades, com um avatar “100% tricolor”. Como se por ele ser torcedor do Fluminense, o clube tivesse algo a ver com isso. Enfim, quando houve essa postagem, eu senti que não havia mais necessidade de ficar ali. Essa postura de atacar clubes centenários por defender uma visão humanitária eu não consigo entender – explicou Mário Bittencourt.

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Por Explosão Tricolor

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