Mário Bittencourt fala sobre relação do Fluminense com Eduardo Uram e justifica ausência de opção de compra em antigo contrato de Caio Paulista




Caio Paulista (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Mandatário tricolor vê como normal a relação do Fluminense com Eduardo Uram, empresário que administra as carreiras de jogadores como Egídio e Danilo Barcelos; agente também tem parceria com o Tombense (MG)

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (17), no CT Carlos José Castilho, o presidente Mário Bittencourt foi questionado pelo colunista Vinicius Toledo, do Explosão Tricolor, sobre a relação do Fluminense com o empresário Eduardo Uram e a ausência de uma opção de compra no contrato de empréstimo do atacante Caio Paulista, que foi adquirido em definitivo junto ao Tombense (MG) por R$ 8 milhões. Confira abaixo a resposta do dirigente:

– A relação do empresário Eduardo Uram com o Fluminense é a mesma de todos os outros empresários que possuem jogador no Fluminense e em todos os clubes no futebol brasileiro. Não existe hoje jogador em nenhum clube do mundo que não tenha empresário. A relação dele é muito anterior à minha chegada ao clube. O Eduardo Uram, por exemplo, foi quem trouxe o Mariano para o Fluminense em 2009, é empresário do Cuca, hoje no Atlético-MG, do Guilherme Arana, que tentei contratar, mas não conseguir por condições financeiras. É também é empresário do Yago Felipe, que veio de graça para o Fluminense, que tem 70% dos direitos econômicos, cedidos de forma gratuita. É também é do Firmino, Lomba, Wellington Nem, de uma série de jogadores. A relação com ele é como todo e qualquer empresário. As pessoas gostam de falar dessa relação porque acham que ela me inibe de alguma forma, mas não tenho nenhum problema em relação a isso. O empresário do Calegari é o mesmo do Miguel, que é o mesmo do David Braz… Existem cinco ou seis grandes grupos de empresários. Os outros todos são parceiros desses seis grandes, que administram a carreira dos jogadores do futebol brasileiro – disse Mário Bittencourt.
– Os dois empréstimos do Caio Paulista foram gratuitos. Em 2020, ele tinha uma proposta para ganhar mais do que aqui, mas optou por vir para o Fluminense. Era uma promessa que ele tinha feito à mãe de que retornaria para cá. O jogador estava na Tombense, emprestado ao Avaí, iria para o Inter e veio para cá, sem nenhum valor pago a título de empréstimo. Só existe opção de compra quando você paga pelo empréstimo. O caso do Nonato, por exemplo. Estamos pagando ao Inter pelo empréstimo e exigimos um direito de compra, porque já estamos gastando um dinheiro antecipado, então tem que ter essa opção. O Caio teve muitas procuras em 2020, de clubes da primeira divisão, porque foi pouco aproveitado aqui. Mas nossa equipe de futebol, departamento, scout, viram um potencial para 2021. E aí fomos ao representante e solicitamos um novo empréstimo também gratuito, sem opção de compra. Por quê? Porque não tínhamos a certeza que ele iria performar, mas achávamos que ele tinha essa condição. Quando foi chegando perto do fim, informamos que tinha um interesse de comprar o atleta. O Tombense colocou um valor que acredita ser o de mercado do jogador e a nossa equipe interna concluiu que era um jogador que tinha um potencial para fazermos um investimento. E quando fazemos um investimento em um jogador, fazemos um contrato longo, porque estamos aportando um valor e se o contrato for curto e ele for embora o investimento vira pó. Foi uma operação absolutamente normal dentro dos padrões de mercado. Ele tinha propostas de clubes da Europa, não de primeira linha, mas que pagariam muito mais que nós, mas foi desejo do jogador continuar performando no Fluminense – completou o mandatário tricolor.

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Por Explosão Tricolor

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