Mário Bittencourt garante manutenção do elenco até o fim de 2023 e cita perda de R$ 12 milhões na venda de Luiz Henrique




Mário Bittencourt (FOTO: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE F.C.)



Dirigente garantiu que o Fluminense manterá o seu elenco atual até o fim da temporada

Na noite da última terça-feira, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu uma longa entrevista ao podcast “Mundo GV“, do ex-goleiro Getúlio Vargas. O dirigente, que já tinha anunciado em janeiro que não venderia André em 2023, avisou que manterá todo o grupo até dezembro para disputar os títulos da Libertadores, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

– Não vamos fazer, com o André a gente combinou que ele iria até dezembro conosco. Possivelmente ele vai ter outras convocações para a Seleção, certamente. E aí a gente avalia. Mas no meio da temporada a ideia é não se desfazer de ninguém. (…) Quando chegar em dezembro, a gente sabe que o assédio vai ser muito grande. Veja como é difícil para o presidente tomar uma decisão dessa: se o clube tivesse neste momento um investidor que aportou dinheiro, ele ia dizer que eu sou louco porque a melhor janela europeia é a do meio do ano, que é início de temporada. Normalmente se vende jogador melhor no meio do ano do que em dezembro. Mas a nossa crença em fazer um grande ano, em conquistar os títulos e dar alegria a nossa torcida, é tão grande que vamos até o final na luta – disse Mário Bittencourt.

Mário Bittencourt disse que o objetivo de manter o elenco será cumprido se nada de anormal acontecer, dando o exemplo da venda de Luiz Henrique para o Real Betis, da Espanha. Ele revelou que o Tricolor perdeu cerca de R$ 12 milhões com a queda do câmbio após estourar a guerra da Rússia com a Ucrânia. Caso consiga “sobreviver” à próxima janela, o presidente previu fazer até duas vendas no início de 2024.

– Possivelmente teremos que fazer uma ou duas vendas para em 2024 repor as peças que a gente perder e manter o grande time que temos. 40% a 45% do faturamento do clube vem de venda de jogadores, portanto é muito importante para continuarmos nesse trabalho de recuperação financeira que fazemos há quatro anos. Esse ano conseguimos algumas alternativas, aumento de patrocinadores… Então a ideia é não vender ninguém, a não ser que aconteça alguma reviravolta. Vou dar um exemplo: quando a gente vende um jogador é em euro ou em dólar. Nós vendemos o Luiz Henrique em euro e logo em seguida estourou a guerra da Ucrânia. Só da desvalorização do câmbio da hora da venda para a hora do pagamento a gente perdeu em torno de R$ 12 a R$ 13 milhões. Por isso que digo que em condições normais de temperatura e pressão, vamos levar até o final do ano com o elenco completo, a não ser que aconteça algo fora do nosso voo de cruzeiro que a gente vem fazendo – concluiu o mandatário.

Luiz Henrique foi vendido em fevereiro de 2022 para o Betis por 8 milhões de euros fixos e mais € 5 milhões de bônus, mas permaneceu no Fluminense até julho. No balanço financeiro divulgado da temporada passada, o clube informou ter recebido R$ 41,9 milhões da parte fixa da negociação.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte

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