Mário Bittencourt sobre atitude do conselheiro: “Dá um caráter político e sujo”




O contrato de prestação de serviços do escritório do vice de futebol Mário Bittencourt com o Fluminense foi assinado na casa do ex-vice-presidente médico, Sérgio Galvão, em janeiro de 2014. Mário Bittencourt foi nomeado vice de futebol em maio, no lugar de Ricardo Tenório, também presente na assinatura. Mário Bittencourt foi o consenso possível na ocasião entre Peter e o presidente da ex-patrocinadora Celso Barros, contrariado com a demissão de Renato Gáucho e a chegada de Cristóvão Borges. O Conselho Fiscal aprovou a nomeação de Mário Bittencourt, acumulando como diretor remunerado, mas com um voto contra (2 a 1) que pediu a suspensão dos serviços jurídicos.

— Nenhum vice deve ser remunerado. Os honorários são fora da realidade e poderiam implicar na perda da isenção tributária. Até um parecer do grupo político do Peter alertou — disse Humberto Menezes, que faz parte de grupo de oposição Ideal Tricolor e que votou contra no Conselho Fiscal do Fluminense.

Mário Bittencourt informou que o aumento para R$ 90 mil foi uma negociação com o presidente, que pediu para que ele atuasse como coordenador da área jurídica e garantiu que não há vínculo com a vice-presidência de futebol:

— Estudamos a fundo o caso. Eu assumi em maio, o aumento é de janeiro. Além disso, fui convidado pelo Celso e pelo Peter, não pleiteei nada.

Mário Bittencourt informou, ainda, que absorveu a área cível após a saída de um outro escritório sem onerar o clube. Ele atribuiu os questionamentos ao fato de ele ser o virtual candidato à presidência do Fluminense na eleição de 2016:

— Este conselheiro faz este questionamento há anos e, agora, dá um caráter político e sujo.

O advogado assegurou que os valores do contrato condizem com suas atribuições:

— Estão dentro do meu escopo no clube, onde cuido de mais de 500 ações por ano, além de exercer outras funções no Jurídico e fazer representação nas entidades esportivas.

No escritório, do qual detém 60% da sociedade, além dele, Mário Bittencourt informou que trabalham outras nove pessoas.

— Não tenho nada a esconder. Se o Conselho Deliberativo fizer a requisição, eu vou até lá. O contrato, agora, virou público, foi aberto aqui. Mas está disponível no clube — disse.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Extra / Foto: Divulgação